
O general Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, e um dos mais conceituados militares do Exército, resumiu o desempenho do governo, no ano de 2020, destacando a palavra “IRRESPONSABILIDADE” (as letras maiúsculas são de Santos Cruz).
O general apontou também a “falta de liderança, a fanfarronice, a politização e o despreparo” de Bolsonaro.
O principal problema enfrentado pelo povo brasileiro, no ano que termina, foi a crise sanitária – isto é, a pandemia de COVID-19 – e suas consequências – sobretudo os 194 mil e 949 mortos pela doença, registrados pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS) nas últimas horas do último dia do ano..
Diante desse quadro – quase 200 mil mortos, empresas fechadas, milhões de desempregados, a fome batendo à porta (ou entrando pela moradia) das famílias, o que se agravará com o fim do auxílio emergencial, a atuação de Bolsonaro, frisou Santos Cruz, foi desastrosa.
Ao invés de enfrentar esses problemas gravíssimos, Bolsonaro fez o oposto: fugiu deles ou cruzou os braços, permitindo que a epidemia liquidasse os que considera “mais fracos”.
Assim, sabotou – e continua sabotando – a vacinação. Mesmo com quase 200 mil pessoas já mortas e com o número de óbitos, pela Covid-19, aumentando.
Santos Cruz lembra como Bolsonaro se referiu a esses problemas para não os enfrentar: era apenas uma “gripezinha, um resfriadinho”. Mesmo diante dos milhares, logo centenas de milhares de mortos, “não houve planejamento e nem orientações técnicas”.
Vários países do mundo e a maioria dos países vizinhos ao Brasil já começaram a vacinar as suas populações e o governo brasileiro não garantiu ainda, nem a vacina e, pior, nem mesmo os insumos necessários para a imunização, como seringas e agulhas.
“A falta de planejamento, de orientações técnicas sobre a vacina, gerou atraso, insegurança e riscos para a população”, denunciou o general.