Alimentos acumulam alta de 15,37%, segundo o IPC-C1/FGV
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta quinta-feira (7), acumulou alta de 6,30% em 2020. O IPC-C1 mede a variação de preços de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos.
Na passagem de novembro para dezembro, a alta do índice que mede a inflação para as famílias de menor renda foi puxada pelo aumento na conta de luz: 11,85% na tarifa da energia residencial.
No ano, o destaque ficou para o grupo Alimentos que acumula alta de 15,37%, atingindo em cheio as famílias de baixa renda. Em segundo lugar, ficou a Habitação (6,13%).
Tiveram, ainda, impacto nos preços os seguintes setores: Saúde e Cuidados Pessoais (3,37%); Despesas Diversas (2,34%); Comunicação (2,08%) e Transportes (1,86%). Apenas Vestuário recuou (-0,36%).
Quanto menos renda mais impactante é o aumento dos preços dos alimentos nas despesas das famílias que não pararam de subir em plena pandemia da Covid-19.
Em 2019, a inflação dos mais pobres acumulou 4,60% de aumento, ou seja, de uma ano para o outro a inflação subiu 37%. É a maior alta anual desde 2016.