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O despreparo do Governo Federal para a garantia das seringas e agulhas necessárias para o início da vacinação no Brasil continua. Depois de ser impedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, de requisitar os insumos comprados pelo governo de São Paulo, o Ministério da Saúde informou aos produtores de seringas e agulhas que a requisição administrativa de seus estoques não atinge produtos que já estavam negociados com os Estados e municípios.
Com o fracasso do pregão eletrônico promovido pelo governo para a compra de 331 milhões de unidades de seringas e agulhas, no dia 31 de dezembro, o Ministério enviou ofício às empresas pedindo que os estoques fossem disponibilizados ao Governo Federal em 8 de janeiro. Durante esta semana, o ministério mudou a data da entrega, para até o fim do mês, e solicitou que “a indústria/empresa deverá disponibilizar todo o quantitativo requisitado na área de expedição de seus depósitos”.
Após a decisão do ministro do STF, o Ministério enviou outro ofício aos produtores, afirmando que a requisição administrativa “não atinge os quantitativos dos insumos previamente contratados, na forma da lei, com os demais Entes da Federação”, e ainda indaga se as empresas conseguem atender ao pedido do Governo Federal, sem prejudicar entregas já acertadas com prefeitos e governadores.
E a novela se arrasta, com a afirmação do Ministério de que o fracasso no pregão não impedirá o começo da vacinação contra a Covid-19, pois há estoque nos Estados para imunizar cerca de 60 milhões de pessoas, porém, esses insumos aos quais se refere a pasta são usados para campanhas de rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI), como a vacinação contra a gripe e o sarampo.
Desde julho as empresas alertaram o Ministério da Saúde sobre a necessidade de que uma grande compra de seringas e agulhas como a que se faz necessário deveria ser planejada com antecedência.