“Nosso diretor-geral da nossa unidade da China está em Pequim acompanhando uma liberação de insumos para vacina do Butantan”, afirmou o governador João Doria. O diretor do Instituto, Dimas Covas, pediu empenho do governo federal
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na quarta-feira (20) que o escritório do governo paulista na China está tratando da liberação de insumos para a produção da CoronaVac. Doria afirmou que a direção do escritório comercial de São Paulo em Xangai vem acompanhando a situação.
“Nosso diretor-geral da nossa unidade da China está em Pequim acompanhando uma liberação de insumos para vacina do Butantan”, afirmou o governador, citando José Mario Antunes, que dirige o escritório chinês. O próprio representante do Estado de São Paulo deu um depoimento virtual durante a entrevista coletiva e confirmou a negociação com os chineses.
De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, a previsão da instituição é de que o novo lote de matéria-prima chegue da China até o final de janeiro. “Nossa previsão de chegada, como mencionei, é de que 5,4 mil litros [de insumos] cheguem até o fim desse mês. E mais 5,6 mil litros até o dia 10 de fevereiro. Essa matéria-prima está pronta e aguardando trâmite burocrático “, disse Covas.
O diretor-presidente do Instituto Butantan cobrou do governo federal uma atitude mais colaborativa para ajudar na agilização da chegada dos insumos para a fabricação das vacinas.
Ele informou que o insumo que chegou já está quase todo processado. Covas novamente apelou para que o governo federal se empenhe e ajude a acelerar a importação de mais insumos da China. O acordo com a empresa chinesa Sinovac prevê a transferência de tecnologia para o Butantan. Com isso, o Brasil será autossuficiente na produção das vacinas contra a Covid-19.
O diretor do Butantan reiterou que o órgão tem capacidade de produzir um milhão de doses por dia, entregando as 46 milhões de doses da CoronaVac programadas até abril.
Segundo Dimas Covas, isto está na dependência da chegada dos insumos. A produção do insumo pelo Brasil está programada para iniciar no segundo semestre, quando a adaptação da planta industrial estiver concluída.