Os servidores da Educação de Minas Gerais decidiram entrar em greve após assembleia com milhares de professores no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na quinta-feira, 8. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), o governo de Fernando Pimentel (PT) não cumpriu acordos assinados com a categoria em relação ao pagamento de reajuste no piso salarial. Os servidores também pedem o fim do parcelamento dos salários e do 13º e um atendimento de qualidade pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).
De acordo com o Sindicato, em 2015, após anos de mobilização, a categoria conquistou uma lei estadual com a política do Piso Salarial Profissional Nacional (a Lei Estadual 21.710/15), que estabeleceu o pagamento de vencimento básico e não mais o subsídio, os reajustes anuais do Piso e estabeleceu uma política de pagamento e incorporações de abonos para que, em julho de 2018, finalmente, o Governo de Minas pague o Piso Salarial.
“Desta forma, a categoria aceitou um processo de longo prazo, abriu mão, naquele momento, de várias outras questões salariais e de carreira com o objetivo de conquistar o Piso Salarial. Importante destacar que ao conquistar uma lei, seria possível evitar o desgaste de iniciar a mesma luta a cada ano, garantindo uma política permanente. No entanto, contrariando a legislação estadual e o próprio acordo assinado, o governo estadual acumulou dois reajustes (2017 e 2018) sem o pagamento à categoria”, afirma a o Sindicato em nota.
Além disso, os professores denunciam o parcelamento do 13º e a suspensão das nomeações de concursos. O 13º e salários parcelados atingiram o conjunto do funcionalismo no estado. No início do mês, o governo anunciou um escalonamento. Servidores com salário líquido de até R$ 3 mil receberão integralmente no dia 14 e aqueles com salário líquido até R$ 6 mil recebem uma parcela de R$ 3 mil e o restante na segunda parcela, no dia 23 de março.
Na avaliação do Sindicato, “sem pressão, a avaliação da categoria é de que não se conseguirá nenhuma negociação”.
Greve é sempre, nas escolas públicas, não é mesmo? Sempre só para prejudicar os filhos dos grupos menos favorecidos; que são os únicos que colocam seus filhos nestas escolas ditas “públicas” e na prática dos espertos, dos parasitas e dos incompetentes. Tudo em nome de “justiça social” e “direitos dos trabalhadores”. Me engana, que eu gosto!
De acordo. Por isso é que os professores de escolas públicas deveriam receber um salário decente – e os governos deveriam respeitar os acordos que fazem com eles. Assim, não haveria greves.