Nesta semana, os países da União Europeia (UE) receberam entre 35% e 40% a menos das doses previstas da vacina produzida pela Pfizer. O acordo com a Pfizer previa a chegada de 562.770 doses á Itália, mas foi reduzido unilateralmente e sem aviso prévio o abastecimento em toda a União Europeia, e assim a Itália recebeu 29% a menos.
O atraso das doses na Itália, acabou provocando uma grande redução no ritmo de vacinação: a primeira dose da vacina Pfizer foi aplicada em cerca de 1,1 milhão de pessoas na semana passada, porém desde o último domingo (17) pouco mais de 100 mil pessoas foram vacinadas. A multinacional da Pfizer declarou hoje que irá regularizar as entregas até o dia 15 de fevereiro.
O governo da Itália estuda ativar a Advocacia Geral do país, com o objetivo de verificar se há um descumprimento do contrato,
o comissário extraordinário Domenico Arcuri, técnico responsável pela implementação de medidas de saúde para conter a pandemia, anunciou os estudos legais na terça-feira (19) após reunião com governadores locais e ministros da saúde e assuntos regionais.
“Foi discutido quais ações deveriam ser tomadas para proteger os cidadãos italianos e sua saúde em todas as repartições civis e criminais onde isso for possível”, disse em nota, “a proteção da saúde dos cidadãos italianos não é negociável. A campanha de vacinação não pode ser retardada, muito menos para a aplicação das segundas doses aos muitos italianos que já receberam a primeira”, declarou ainda Arcuri.
Até essa quarta feira (20), foram vacinados 1.236.479 italianos, segundo dados do Ministério da saúde, mas apenas 6.943 pessoas receberam a segunda dose da vacina.