Cury recebeu, na segunda-feira (1), uma notificação da presidente do Conselho, deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), e tem até cinco dias corridos para apresentar sua defesa no caso.
A primeira reunião do conselho está marcada para a próxima quarta-feira (3), às 11h, quando Maria Lúcia dará ciência aos membros do conselho sobre a representação de Isa Penna.
Assim que Cury apresentar sua defesa prévia, uma nova reunião é marcada para dar admissibilidade ou não à denúncia. Em seguida, ocorre a nomeação de um relator, que terá 15 dias para apresentar seu parecer. O documento elaborado pelo relator será votado pelos demais membros do conselho, formado por nove deputados, além da presidente e de seu vice, o deputado Alex de Madureira (PSD).
A deputada Maria Lúcia disse que espera concluir o processo até o final de março. “Nunca houve um processo dessa natureza. Mas não tendo interferência judicial, o conselho seguirá os prazos definidos pelo regimento e, até março, o caso deve ser julgado”. A presidente disse ainda que está agindo de modo que a celeridade não atrapalhe a legalidade da condução do processo, já que qualquer erro pode gerar questionamentos. Ela citou como exemplo a suspensão do processo ético-disciplinar movido pelo Cidadania contra Cury; a 20ª Vara Cível de Brasília acolheu uma liminar do deputado por entender que o processo deveria primeiro ser analisado pelo conselho de ética estadual da legenda e, só depois, passar pelo nacional.
Se o conselho da Alesp decidir pela cassação de Cury, o caso é encaminhado para o plenário e passa por uma votação nominal em que é necessária maioria absoluta para confirmar a destituição de Cury.