Os professores e profissionais das escolas municipais de São Paulo entraram em estado de greve, na última sexta (09), contra a “reforma da Previdência” de João Dória (PSDB). De acordo com o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem-SP), das 1600 escolas municipais, 1100 aderiram às paralisações.
A Prefeitura propôs que a contribuição dos funcionários da educação, de todo tipo de função, fosse de 11% para 14%, que, somada com a contribuição complementar prevista, que varia entre 1% e 4%, subiria a contribuição para 19%. O Projeto de Lei visa, também, um teto de R$ 5000 de aposentadoria, e os recursos complementares devem ser geridos, de maneira privada, pela Sampaprev.
A assembleia realizada na sexta (09) na presença de milhares de pessoas decidiu pela greve até a realização da próxima assembleia, que está prevista para quinta-feira (15). Além do repúdio à reforma da Previdência de Dória, os professores e funcionários também se mobilizaram contra as reformas de Michel Temer (PMDB).
“A administração diz que precisa fazer a reforma para investir em educação, mas vai fazer isso tirando dos professores, que além de não terem o reajuste salarial necessário, vão ter maior retenção de parte da sua renda. O efeito é desastroso”, disse Claudio Fonseca, presidente do Sinpeem.
A primeira votação na Câmara de Vereadores está prevista para ocorrer entre os dias 20 e 23, e a segunda entre 26 e 28 de março.