O juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, responsável pela prisão de Sérgio Cabral, Picciani, entre outros, criticou a pressão que políticos investigados vêm impondo sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) pela revisão da prisão após condenação em segunda instância.
“Prefiro acreditar que não há, em nosso STF, quem permita esse tipo de abordagem imoral (“influência no Judiciário”). Seria isso uma politicagem de baixo nível que desrespeitaria por completo a independência do Poder Judiciário, desonrando os envolvidos”, afirmou no Twitter, domingo (11) .
Bretas compartilhou coluna do jornal “Folha de S.Paulo” que cita que integrantes do PT, PMDB e PSDB estariam recorrendo ao Planalto para influenciar o Supremo a pautar o assunto.
No sábado (10), Michel Temer foi à casa da ministra Cármen Lúcia. Oficialmente, falaram sobre segurança pública. Ele é alvo de duas investigações no STF. Uma sobre a edição do decreto dos portos (na qual teve o sigilo quebrado) e outra, incluído nos últimos dias, sobre o pagamento de propina pela Odebrecht.
Apesar das pressões que vem sofrendo, a presidente do STF decidiu não pautar para abril ações que podem modificar a decisão da Corte sobre execução da pena após condenação em segunda instância.