Os trabalhadores do Banco do Brasil realizaram, nesta quarta-feira (10), mais uma série de paralisações contra o programa de desestruturação apresentado pela diretoria do banco, prevendo o fechamento de 112 agências e a demissão de 5 mil funcionários.
O estado de greve foi aprovado por 87% dos trabalhadores em uma assembleia virtual realizada na última sexta-feira (5). A decisão de paralisar as atividades foi reforçada ontem, depois de uma nova rodada de negociações, intermediada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), terminar sem acordo.
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), apesar da mediação do MPT, a diretoria da empresa se recusa a negociar.
“Queremos que o banco suspenda os procedimentos enquanto estivermos negociando. Mas o banco se nega a negociar”, informou o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga
“Mostramos que estamos dispostos a negociar. Acreditamos na via negocial e queremos continuar as tratativas”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.
Os bancários já realizaram atos nos dias 15 e 21 de janeiro. Em 29 de janeiro, foi realizada uma paralisação de 24 horas.
De acordo com informações veiculadas pela hastag #MeuBBvalemais, promovida por tuitaço promovido pela categoria nesta manhã, houve paralisações em várias unidades pelo Brasil. No Distrito Federal, manifestantes foram agredidos por policiais militares enquanto protestavam na Sede I do Banco do Brasil.