A greve dos residentes do Hospital São Paulo (HSP) completa uma semana nesta terça-feira e já tem a adesão de 600 funcionários que denunciam a falta de insumos básicos para atendimento na unidade. Na sexta-feira (12), a paralisação alcançou estudantes de 27 especialidades.
Os médicos residentes de clínica médica do hospital entraram em greve na última terça-feira (9). A unidade é ligada à Universidade Federal de São Paulo e é um dos três centros médicos de alta complexidade da capital, ao lado do Hospital das Clínicas e da Santa Casa.
No ato de sexta, cartazes alertavam que a unidade estava “sem medicamentos, sem exames, sem materiais, sem condições”. “Recusamos trabalhar sob tais condições”, informava outro.
Quando a greve teve início, a diretoria do Hospital havia prometido resolver as demandas em dois dias, contudo, ainda não foram solucionados os problemas de abastecimento da unidade.
Em nota, o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) diz acompanhar a situação e avalia como absurdo que em um dos três principais hospitais de alta complexidade da cidade atue desde o final de 2020 com falta de álcool, luvas de procedimento, seringa, sonda e gaze.
“Exames laboratoriais simples como hemograma e sorologia também estão em falta, sem contar medicamentos como omeprazol e buscopan composto. A população não pode pagar a conta da má administração dos recursos públicos. Os residentes entram em greve como uma luta por dignidade aos seus pacientes”, afirmou Augusto Ribeiro, diretor do Simesp.
De acordo com os manifestantes, será mantida 30% da equipe para atendimentos de urgência e emergência na unidade, que também atende pacientes da Covid-19.