O presidente nacional do Cidadania23, ex-senador Roberto Freire, comentou o sucesso da imunização contra Covid-19 nos países que estão apostando firme na vacinação e cobrou de Bolsonaro mais vacinas no Brasil.
“Assim como em outros países, como EUA e Israel, mais uma forte demonstração na Inglaterra de como a vacinação salva vidas: a mortalidade entre quem tem mais de 80 anos e recebeu a primeira dose caiu 62%; de 65 a 79 anos, -51%; de 20 a 64 anos, -47%. Onde estão as vacinas, Bolsonaro?”, questionou Freire pelo Twitter.
Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, intitulado “Vacina agora, vacina já, vacina para todos”, o presidente do Cidadania23 afirmou que “o único meio de impedir uma escalada ainda mais brutal de mortes e a dominância de linhagens do coronavírus que escapem à proteção oferecida pelas vacinas é acelerar o processo de imunização”.
“É preciso também cobrir o maior número de pessoas no menor espaço de tempo possível. A irresponsabilidade criminosa de Bolsonaro e Pazuello significa 7.000 vidas perdidas por semana, 30 mil por mês. Já são, no total, quase 240 mil mortes”, disse Freire.
O ex-ministro disse que enquanto a população espera a vacina, Jair Bolsonaro responde que “não adianta ficar em casa chorando”.
“O governo federal repete diariamente que contratou mais de 350 milhões de doses de vacina. Mas elas não chegam porque são apenas acordos de intenção. O que é compra firme, como a vacina Oxford/AstraZeneca, a entrega está atrasada devido à desastrosa política externa comandada por um lunático que levou o país a brigar com seus principais parceiros comerciais”, continuou.
“A irresponsabilidade criminosa de Bolsonaro e Pazuello significa 7.000 vidas perdidas por semana, 30 mil por mês”
“Se, hoje, o processo de vacinação é lento e já faltam as doses necessárias em vários estados, é porque Bolsonaro e Pazuello simplesmente se negaram a comprá-las”.
“A situação crítica a que assistimos em Manaus (AM) já se repete em outras cidades do Norte, com a emergência de variantes que são mais transmissíveis e algumas possivelmente mais letais. Não sabemos se o padrão sazonal visto no ano passado se repetirá, mas o comportamento negacionista, omisso e desidioso de Bolsonaro e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é o mesmo”.
Roberto Freire argumentou ainda que “Bolsonaro não tem o direito de dizer que não vai tomar a vacina. Não apenas pelo péssimo exemplo que dá, mas também porque isso coloca em risco a vida de outras pessoas”.
“Se, hoje, o processo de vacinação é lento e já faltam as doses necessárias em vários estados, é porque Bolsonaro e Pazuello simplesmente se negaram a comprá-las”
“Mas não tem, acima de tudo, o direito de impedir que os brasileiros se imunizem. E é isso que ele vem fazendo ao se negar a investir na CoronaVac. E foi isso que ele fez ao recusar oferta de 70 milhões de doses da Pfizer”, sentenciou.