Os funcionários da estatal Amazul entraram em greve na ultima terça-feira (13), após reajuste de 0% proposto pelo governo. A empresa compõe o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), da Marinha do Brasil, além do Programa Nuclear da Marinha (PNM) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB).
“Além de não fornecer qualquer correção salarial, a proposta não garante para o próximo ano a continuidade dos benefícios existentes hoje”, diz o Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia (SINTPq). O Acordo Coletivo de Trabalho 2018 visa um reajuste de 0% no salário.
A estatal argumenta que é refém da autorização do Governo Federal, mais especificamente do Ministério de Ciência e Tecnologia, uma vez que a proposta de reajuste depende dessas instâncias. “A empresa está aberta a novas negociações, mas não pode atender às reivindicações salariais sem autorização do governo federal”, disse.
Os trabalhadores lançaram um manifesto que enfatiza a importância de um reajuste digno para suas famílias, uma vez que nos últimos três anos seus salários foram desvalorizados em 11%, e a importância do desenvolvimento do projeto para o Brasil, que integra a restrita lista de 12 países que detém o ciclo completo de enriquecimento de urânio. O manifesto finaliza dizendo que “os trabalhadores da Amazul merecem respeito e não mais se calarão frente aos retrocessos que esse governo e a empresa insistem em oferecer”.