Nesta quinta-feira (25), dia em que se completa um ano de pandemia, o Brasil registrou recorde no número de mortes por coronavírus com 1.582 óbitos. Com a expansão da doença em todos os estados, os dados evidenciam que o país vive o pior momento da pandemia.
Na mesma quinta-feira, Jair Bolsonaro usou sua live semanal para questionar o uso de máscaras pela população, comprovadamente a principal medida de redução da transmissão e circulação do vírus.
Bolsonaro não utiliza a máscara em nenhum evento público que participa e, por onde passa, incentiva as aglomerações. Desde o início da pandemia, Bolsonaro adota discurso negacionista, defendendo o uso de remédios ineficazes contra a covid e criticando medidas de isolamento social.
Sem apresentar qualquer elemento que comprove sua fala, disse o genocida:
“Pessoal, começam a aparecer estudos aqui, não vou entrar em detalhes, sobre o uso de máscara, que, num primeiro momento aqui, uma universidade alemã fala que elas são prejudiciais a crianças e levam em conta vários itens aqui como irritabilidade, dor de cabeça, dificuldade de concentração, diminuição da percepção de felicidade, recusa em ir para a escola ou creche, desânimo, comprometimento da capacidade de aprendizado, vertigem, fadiga… Então começam a aparecer aqui os efeitos colaterais das máscaras, tá ok?”.
Bolsonaro disse que não entraria em detalhes sobre o tema porque “tudo deságua em críticas em cima” dele e que “aguarda um estudo mais aprofundado sobre”.
SITUAÇÃO CAÓTICA
A situação se agrava em todo o país. Ao menos 12 estados encontram-se à beira do colapso. Em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Rondônia, autoridades alertaram na quinta-feira (25) para o risco de ocupação total nas estruturas de atendimento de saúde.
Segundo os dados levantados pelo Consórcio de Imprensa, com base nas informações das Secretarias Estaduais de Saúde, o Brasil vive um aumento exponencial da pandemia. Os índices são alarmantes, há 36 dias registramos uma média móvel com mais de 1.000 óbitos.
O recorde anterior de mortes (1.554) tinha ocorrido em 29 de julho do ano passado, seguido por 4 de junho, com 1.470 óbitos. O ranking, porém, já é dominado por 2021. Sete dos dez dias com mais mortes na pandemia ocorreram em 2021.
Com as mortes registradas nesta quinta, o país chegou 251.661 óbitos.
A média móvel de mortes pela Covid-19 foi recorde, pelo segundo dia consecutivo. O valor chegou a 1.150, nesta quinta, com crescimento de 7% em relação ao dado de 14 dias atrás. Na quarta, o valor era de 1.129. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.