Muita consternação tomou conta dos meios políticos pelo trágico assassinato de vereadora Marielle Franco na noite desta quarta-feira. O deputado Chico Alencar manifestou a sua opinião e o seu protesto. “É triste, muito triste, mas essa condição da morte da Marielle não é uma novidade. Basta ver o que aconteceu com a juíza Patrícia Acioli, assassinada em Niterói por combater PMs corruptos. No Brasil é assim: qualquer um que lute contra a corrupção e defenda os direitos humanos está em risco. E as forças de segurança, é claro, não fazem nada”, comentou o deputado.
O ex-deputado João Goulart Filho disse que episódios como este são inaceitáveis. “Não é possível que se tente calar a voz das pessoas que lutam contra a violência, contra o racismo e que estão ao lado do povo defendendo os seus direitos . Vamos exigir das autoridades um esclarecimento o mais rapidamente possível para que seja feita justiça pelo assassinato da vereadora e de seu motorista”, disse João Goulart.
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann disse que vai se reunir com “todas as forças de segurança que estão trabalhando conjuntamente para desvendar esse crime”. O deputado Alessandro Molon manifestou indignação pelo covarde assassinato da vereadora. “Unidos neste momento de dor e indignação, unidos para que não silenciem a voz de Marielle”, disse o parlamentar.
O presidente do TSE, ministro Luiz Fux manifestou em nome de todos os integrantes da corte, o pesar aos familiares de Marielle Franco. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia disse que a Câmara vai “acompanhar com atenção a elucidação do caso”.
A Confederação das Mulheres do Brasil, através de sua presidente, Glaucia Morelli e a presidente da Federação das Mulheres Fluminenses, Elsa Serra, manifestaram em nota o repúdio das mulheres brasileiras pelo covarde assassinato de Marielle Franco. O rio amanheceu sem o o brilho e a confiança do sorriso farto que caracterizava a pessoa de Marielle. É com esse pesar que nós não os calaremos”, diz um trecho da nota das entidades femininas.
“Uma execução em pleno Centro do Rio de Janeiro. Não há outra forma de se referir ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A ação das milícias é mais aterrorizante porque seus membros são agentes públicos da área de segurança, que afirmam seu poder alegando ser representantes da lei e do Estado. As denúncias feitas por Marielle Franco e sua covarde execução exigem respostas imediatas e consistentes”, afirmou o diretor da Faculdade de Direito da UnB, professor Mamede Said Maia.