A Lava Jato completa quatro anos neste sábado (17) e, desde a deflagração da 1ª fase da operação, em março de 2014, foram 40 processos. Moro é responsável pelas ações penais decorrentes da operação na primeira instância. Foram 183 condenações por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha contra 119 réus, que somam 1.820 anos e 20 dias de pena, segundo dados oficiais da Lava Jato do dia 3 de março. Chefes de empreiteiras, doleiros, servidores corruptos da Petrobrás e políticos ligados aos partidos que indicaram diretores da estatal foram julgados. Milhões de reais roubados da Petrobrás foram recuperados.
O tempo médio de trâmite das ações da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba – desde a aceitação da denúncia até a publicação da sentença – foi de 9 meses e 10 dias, segundo informações da Justiça Federal do Paraná. A maior agilidade do andamento dos processos judiciais é um dos objetivos do Conselho Nacional de Justiça, que também busca a maior eficiência dos tribunais da primeira instância, de acordo com o relatório “Justiça em Número 2017”.
Os políticos envolvidos no assalto à Petrobrás estão brigando para que os condenados não sejam presos após a condenação em segunda instância. Eles querem levar seus processos para o Supremo Tribunal Federal, onde, com advogados milionários, conseguem protelar indefinidamente o cumprimento da pena. É a famosa impunidade dos criminosos do colarinho branco.
Tanto a prisão em segunda instância como a Lei da Ficha Limpa (sancionada em 2010) foram conquistas obtidas pela pressão popular contra a corrupção. O STF já tem um entendimento de que os réus condenados em segunda instância devem iniciar o cumprimento da pena. Os ministros argumentam que os recursos às instâncias superiores, tipo STJ e STF, não entram mais no mérito das acusações e, portanto, não alterariam o julgamento do mérito e a condenação. O total estimado de recursos públicos roubados do erário chega a 12 bilhões de reais.
Lista de condenados pela Lava Jato por corrupção
Adir Assad – Lobista e operador de propinas
Agenor Franklin Magalhães Medeiros (2 vezes) – Executivo OAS
Agosthilde Monaco – Executivo Petrobrás
Alberto Elisio Vilaça Gomes – Executivo Mendes Júnior
Alberto Youssef (6 vezes) – Doleiro e operador de propinas
Alexandrino de Salles Ramos de Alencar – Executivo Odebrecht
André Catão de Miranda – Doleiro e operador de propinas
André Luiz Vargas Ilário – Ex-deputado do PT
Antônio Carlos Brasil Fioravante Pieruccini – Advogado operador de propina
Antonio Palloci Filho – Ex-ministro do PT
Antônio Pedro Campelo de Souza – Executivo Andrade Gutierrez
Augusto Ribeiro de Mendonça Neto – Empresário Setal
Bruno Luz – Lobista e operador de propinas
Carlos Alberto Pereira da Costa (3 vezes) – Laranja e operador de propinas
Carlos Emanuel de Carvalho Miranda – Empresário operador de propinas
Carlos Habib Chater ( 2 vezes) – Doleiro e operador de propinas
Cesar Ramos Rocha – Executivo Odebrecht
Cleverson Coelho de Oliveira – Operador de propinas
Dalton dos Santos Avancini – Executivo Camargo Corrêa
Dário de Queiroz Galvão Filho – Empresário Galvão Engenharia
Dário Teixeira Alves Júnior – Laranja e operador de propinas
Demarco Epifânio – Executivo Petrobrás
Ediel Viana da Silva – Laranja e operador de propinas
Eduardo Aparecido de Meira – Empresário e operador de propinas
Eduardo Consentino da Cunha – Ex-deputados PMDB
Eduardo Costa Vaz Musa (4 vezes) – Executivo Petrobrás e Sete Brasil
Eduardo Hermelino Leite – Executivo Camargo Corrêa
Elton Negrão de Azevedo Júnior – Executivo Andrade Gutierrez
Enivaldo Quadrado – Operador de propinas
Erton Medeiros Fonseca – Executivo Galvão Engenharia
Esdra de Arantes Ferreira – Laranja Labogen
Faiçal Mohamed Nacirdine – Doleiro e operador de propinas
Fernando Antônio Falcão Soares (2 vezes) – Lobista e operador de propinas
Fernando Antonio Guimarães Hourneaux de Moura – Lobista e operador de propinas
Fernando Augusto Stremel Andrade – Executivo OAS
Fernando Migliaccio da Silva – Executivo Odebrecht
Fernando Schahin (2 vezes) – Empresário Grupo Schahin
Flávio Gomes Machado Filho – Executivo Andrade Gutierrez
Flavio Henrique de Oliveira Macedo – Empresário e operador de propinas
Gerson de Mello Almada (2 vezes) – Executivo Engevix
Hamylton Pinheiro Padilha Júnior – Lobista e operador de propinas
Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho – Executivo Odebrecht
Iara Galdino da Silva – Doleira
Ivan Vernon Gomes Torres Júnior – Laranja ex-assessor de Pedro Corrêa
Jayme Alves de Oliveira Filho – Operador de propinas
Jean Alberto Luscher Castro – Executivo Galvão Engenharia
João Augusto Rezende Henriques (2 vezes) – Lobista e operador de propinas do PMDB
João Carlos de Medeiros Ferraz – Executivo Sete Brasil
João Cerqueira de Santana Filho (2 vezes) – Marqueteiro do PT
João Claudio de Carvalho Genu – Assessor do PP operador de propinas
João Luiz Correia Argolo dos Santos – Ex-deputado do PP
João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado – Laranja e operador de propina
João Ricardo Auler – Executivo Camargo Corrêa
Joao Vaccari Neto (5 vezes) – Tesoureiro do PT
Jorge Luz – Lobista e operador de propinas do PMDB
Jorge Afonso Argello – Ex-senador do PTB
Jorge Luiz Zelada (2 vezes) – Executivo Petrobrás
José Adolfo Pascowitch – Lobista e operador de propinas
José Aldemário Pinheiro Filho (3 vezes) – Executivo OAS
José Carlos Costa Marques Bumlai – Pecuarista amigo de Lula
José Dirceu (2 vezes) – Ex-ministro do PT
José Ricardo Nogueira Breghirolli – Executivo OAS
Juliana Cordeiro de Moura – Doleira operadora de propinas
Julio Cesar dos Santos – Ex-sócio de José Dirceu
Júlio Gerin de Almeida Camargo (2 vezes) – Lobista e operador de propinas
Leandro Meirelles – Doleiro e operador de propinas
Leon Denis Vargas Ilário – Irmão do ex-deputado André Vargas
Leonardo Meirelles – Doleiro e operador de propinas
Luccas Pace Júnior – Doleiro e operador de propinas
Luiz Carlos Moreira – Executivo da Petrobrás
Luiz Eduardo da Rocha Soares – Executivo Odebrecht
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (2 vezes) – Irmão de José Dirceu
Luiz Inácio Lula da Silva – Ex-presidente
Marcelo Bahia Odebrecht (2 vezes) – Empresário Odebrecht
Marcelo Rodrigues – Operador de propinas Odebrecht
Márcio Andrade Bonilho – Empresário e operador de propinas
Márcio Faria da Silva (2 vezes) – Executivo Odebrecht
Maria Dirce Penasso – Doleira operadora de propinas
Mario Frederico Mendonça Goes – Lobista e operador de propinas
Matheus Coutinho de Sá Oliveira – Executivo OAS
Milton Pascowitch – Lobista e operador de propinas
Milton Taufic Schahin (2 vezes) – Empresário Grupo Schahin
Mônica Regina Cunha Moura (2 vezes) – Marqueteira do PT
Nelma Mitsue Penasso Kodama – Doleira operadora de propinas
Nestor Cunat Cerveró (3 vezes) – Executivo Petrobrás
Olívio Rodrigues Junior (2 vezes) – Operador de propinas Odebrecht
Paulo Roberto Costa (7 vezes) – Executivo Odebrecht
Paulo Roberto Dalmazzo – Executivo Andrade Gutierrez
Pedro Argese Júnior – Laranja Labogen
Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto – Ex-deputado PP
Pedro José Barusco Filho (3 vezes) – Executivo Petrobrás
Rafael Ângulo Lopes (2 vezes) – Operador de propinas
Raul Henrique Srour – Doleiro operador de propinas
Renato de Souza Duque (6 vezes) – Executivo Petrobrás
Renê Luiz Pereira – Doleiro operador de propinas
Ricardo Hoffmann – Publicitário
Ricardo Ribeiro Pessoa (2 vezes) – Empresário UTC
Rinaldo Gonçalves de Carvalho – Funcionário Banco do Brasil
Roberto Gonçalves – Executivo Petrobrás
Roberto Marques – Ex-assessor José Dirceu
Rogério Cunha de Oliveira – Executivo Mendes Júnior
Rogerio dos Santos Araújo (2 vezes) – Executivo Odebrecht
Salim Taufic Schahin – Empresário Grupo Schahin
Sérgio Cunha Mendes – Empresário Mendes Júnior
Sérgio de Oliveira Cabral Santos Filho – Ex-governador Rio
Sônia Mariza Branco – Operadora de propinas
Waldomiro Oliveira – Empresário e operador de propinas Sanko Sider
Walmir Pinheiro Santana (2 vezes) – Executivo UTC
Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho – Ex-secretário governo do Rio
Zwi Skornicki – Lobista e operador de propinas
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