A multinacional norueguesa Hydro Alunorte, produtora de alumínio, localizada em Barcarena no nordeste do Pará, insiste em cometer crimes ambientais seguidos mesmo depois de ser autuada pelos órgãos de fiscalização do estado por despejar veneno nas água da região. Mais um duto clandestino da empresa, que joga rejeitos no meio ambiente, foi descoberto neste sábado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
Esta é a terceira vez que os fiscais constataram despejos no empreendimento. O desvio, descoberto pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), foi feito no sistema de drenagem encontrado em uma área de armazenamento de carvão. O material é usado pela Hydro Alunorte para alimentar as caldeiras da refinaria.
A empresa foi autuada pela Semas pela construção do canal clandestino e pelo lançamento de rejeitos no rio Pará sem qualquer tipo de tratamento. Há um mês foi encontrada uma tubulação que despejou resíduos em uma área de floresta depois que fortes chuvas em Barcarena. O Instituto Evandro Chagas (IEC) comprovou que os igarapés da região estavam com altas concentrações de metais tóxicos, entre eles o chumbo. A empresa teve que reduzir a produção pela metade, por determinação da Justiça.
No dia 21 de fevereiro, a Hydro Alunorte se manifestou negando qualquer incidente, garantindo que a bacia se manteve firme, intacta e sem vazamentos. No dia seguinte, o Instituto Evandro Chagas divulgou seu laudo contrariando a empresa e confirmando a contaminação em diversas áreas de Barcarena, provocada pelo vazamento das barragens de rejeitos de bauxita da mineradora norueguesa.