Como parte do desmonte organizado pelo governo Temer para garantir a privatização da Eletrobrás, o presidente da estatal, Wilson Ferreira Júnior, informou que a empresa vai lançar, nesta semana, um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para eliminar três mil postos de trabalho.
“A empresa que vai ao processo de privatização será uma empresa bastante diferente daquela que eu peguei um ano e meio atrás”, disse o presidente da estatal, em resposta ao argumento de que a privatização da Eletrobrás provocaria demissões em massa na companhia. Ferreira Junior está antecipando as demissões fracionadamente.
Em dois PDVs anteriores a Eletrobrás já tinha eliminado 2,1 mil postos de trabalho, reduzindo em 40% seus cargos de gerência. Segundo Ferreira Jr, o plano é que mais de 2,5 mil pessoas sejam dispensadas entre o mês de abril e agosto de 2018.
Segundo Ferreira Jr, com a privatização das distribuidoras e dos programas de aposentadoria e demissões, o número de funcionários da companhia vai cair de 24 mil para 13 mil pessoas.
As consequências dessas demissões serão o aumento da precarização e sobrecarga do trabalho de quem fica na empresa, e consequentemente a piora no atendimento e serviço prestado. O que já vem sendo sentido nos últimos anos com o processo de desmonte.