Presidentes do Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, Elias Diviza, e do Rio, Ronald Martins, lideram a luta contra a entrega da lucrativa, eficiente e estratégica empresa estatal ao capital estrangeiro. Live poderá ser vista ao vivo aqui no HP
No final de fevereiro Jair Bolsonaro entregou ao Congresso Nacional o projeto de lei que abre caminho para a privatização dos Correios. O plano de Bolsonaro e Paulo Guedes é entregar para o capital estrangeiro uma empresa eficiente, estratégica e lucrativa, que repassa todos os anos, por determinação de seu próprio estatuto, 25% do seu lucro para o Tesouro Nacional.
Para falar sobre esse assunto e discutir quais são os planos dos trabalhadores para deter mais esse crime de Bolsonaro, o HP recebe na terça-feira às 11 horas, Elias Diviza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo (Sintect -SP) e Ronaldo Martins, presidente, reconduzido recentemente pela categoria, do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ). Os dois dirigentes sindicais serão entrevistados por Sérgio Cruz e Carlos Pereira.
As agências dos Correios estão localizadas em todos os municípios brasileiros. Ela é uma empresa estratégica exatamente porque garante o direito básico de acesso aos serviços postais e ao recebimento de encomendas, para toda a população, seja ela rica ou pobre. Em alguns lugares, o único banco da cidade é o banco postal, exercido pelos Correios, na ausência de bancos comerciais. Em muitos municípios, somente os Correios garantem a chegada de vacinas, de remédios e de material escolar para as Prefeituras.
Os Correios exercem o monopólio postal, que agora Bolsonaro quer quebrar. O serviço postal é o responsável por quase metade do faturamento da estatal.
A empresa atua em áreas lucrativas e em áreas longínquas do país, que não são rentáveis. As áreas deficitárias do país só podem ser cobertas pelos Correios por conta dos lucros obtidos por ela com o monopólio postal e a atuação no setor de encomendas, este último em regime de concorrência com outras empresas privadas. As empresas privadas que atuam no setor de encomendas só o fazem nas regiões lucrativas do país. As encomendas para lugares distantes, acabam sendo repassadas por elas para os Correios.
Com a quebra do monopólio postal e a privatização da estatal, grande parte do Brasil – aquela parte que não dá lucro -, ficará desassistida em seus direitos básicos de receber encomendas e cartas. Quem ficará responsável pela cobertura dessas regiões deficitárias? Ninguém sabe. Ou seja, provavelmente Bolsonaro e Guedes vão deixar a parte deficitária dos serviços a cargo do governo. É isso o que o governo pretende. O filé mignon vai para o setor privado estrangeiro e os prejuízos ficarão a cargo do poder público. Essas e outras questões que estarão em debate na terça-feira, 30 de março, às 11 horas, aqui no HP. Não perca!