A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que também publicou notícias falsas sobre Marielle em uma rede social, foi outra que se viu obrigada a se retratar publicamente ante o repúdio ao post. Na mensagem, a magistrada dizia que a vereadora “estava engajada com bandidos” e tinha sido “eleita pelo Comando Vermelho”.
À coluna da jornalista Mônica Bergamo, na “Folha de S.Paulo”, Marília afirmou que não conhecia Marielle até saber de sua morte e que postou informações “que leu no texto de uma amiga”.
“Diante das manifestações contra meu comentário, proferido em uma discussão no Facebook de um colega, a respeito da morte da vereadora Marielle Franco venho declarar o que segue: no afã de defender as instituições policiais, ao meu ver injustamente atacadas, repassei de forma precipitada, noticias que circulavam nas redes sociais. A conduta mais ponderada seria a de esperar o término das investigações para então, ainda na condição de cidadã, opinar ou não sobre o tema”, disse ela.
Após constatar o volume de calúnias de que Marielle passou a ser vítima, um grupo de advogadas começou na última quinta (15) a rastrear as postagens mentirosas contra ela. Os casos, com seus respectivos autores, serão encaminhados às autoridades. Até domingo (18) já haviam sido recebidas mais de 2.000 denúncias.