Inconformado com a decisão do STF de cumprir a Constituição e mandar instalar a CPI da pandemia para investigar omissões de seu governo, o capitão cloroquina destila ódio em todas as direções
Jair Bolsonaro agrediu de forma rasteira o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamando-o de “patife”, na manhã deste sábado (10). Os ataques foram desferidos contra o governador devido às medidas sanitárias tomadas por ele para tentar impedir a expansão da Covid-19 e das mortes no estado de São Paulo. Ele também não engole que João Doria tenha viabilizado a vacina contra a Covid-19, através do Instituto Butantan, em parceria com laboratórios chineses. Bolsonaro não queria que os brasileiros fossem imunizados.
É notório sua preferência pela cloroquina. O Planalto sabota as vacinas desde o seu surgimento, no final do ano passado. Fez campanha sistemática e raivosa contra a imunização dos brasileiros. Bolsonaro disse que não se vacinaria de jeito nenhum e não compraria a vacina do Butantan. Chegou a espalhar que o imunizante causaria doenças, deformações e até mortes. Foi desmentido pelos fatos. A CoronaVac é responsável hoje por mais de 80% das vacinas aplicadas na população brasileira pelo Programa Nacional de Imunização sem que tenha ocorrido nenhuma complicação.
Diante das medidas sanitárias decretadas por Doria para enfrentar o avanço da pandemia, Bolsonaro disse que o tucano quer quebrar o Estado e o país e depois culpar o governo federal. Ele segue sua pregação genocida de que a população deva ser obrigada a voltar imediatamente ao trabalho normal, independente da elevação assustadora do número de mortos.
Bolsonaro chama essa obrigação de voltar a qualquer tipo de trabalho e às aglomerações de “liberdade”. Só se for liberdade para morrer, isto sim. O número de mortos tem aumentado significativamente nos últimos dias e, neste sábado, já passou de 350 mil.
“Farei tudo para manter a nossa liberdade, a guerra de informações estamos travando. Vocês estão se conscientizando de como é difícil viver num país onde o governador como o de São Paulo por um decreto qualquer fecha tudo”, disse o capitão cloroquina. “Então parece que esses caras querem, como esse patife de São Paulo quer, é quebrar o Estado, quebrar o Brasil para depois apontar um responsável. É coisa de patife. Que é esse cara que está em em São Paulo que usou meu nome para se eleger”, acrescentou Bolsonaro.
Neste mesmo sábado (10), o governador de São Paulo rebateu os ataques desferidos por Bolsonaro. Ele escreveu em seu perfil que “a 1ª dose da vacina antirrábica não foi suficiente”. Trata-se da vacina aplicada para prevenir a raiva.
Também publicou um meme em que mostra o rosto de Bolsonaro em um corpo que persegue um esqueleto humano estilizado como Doria, que diz: “Sai maluco todo dia isso”. “É muito amor pela minha calça apertada”, ironizou Doria.
Acuado pela decisão do STF, de mandar o senado cumprir a Constituição, e instalar a CPI da pandemia e investigar as omissões do governo, Bolsonaro está com ódio e desferindo ataques em todas as direções. Disse que o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que acolheu a liminar pela CPI, tinha cometido uma canalhice, propôs o seu impeachment e insinuou que o governador do maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não estava vacinando adequadamente a sua população. Culpou também os servidores da saúde do Maranhão que, segundo ele, não querem trabalhar. E, agora, ataca também o governador de São Paulo.
Bolsonaro, que autorizou diversos aumentos, como o de gás de cozinha e dos combustíveis, contribuindo para a recente subida da inflação, tentou se esquivar de sua responsabilidade pela alta dos preços e acusou o governador de São Paulo pela inflação alta.
“O pessoal que planta tomate não tá plantando mais porque fechou tudo. Restaurante, bares, fechou tudo. Então não estão plantando. Quando voltar a abrir, governador, você que aumentou o ICMS de tudo aí em São Paulo, como não vai ter tomate o preço vai lá pra cima. Aí você vai culpar a inflação pra mim, para cima de mim”, disse ele.
Mesmo com o Supremo Tribunal Federal (STF) tendo explicado ao ocupante do Planalto que seguiu a Constituição ao dar aos estados e municípios autonomia para tomar medidas contra o coronavírus, Bolsonaro segue reclamando da decisão. “Agora, tudo tem um limite. Eu e todo o meu governo todos estamos do lado do povo. Todos os 23 ministérios estão ao lado do povo. Não abusem da paciência do povo brasileiro. Lamento superpoderes que o Supremo Tribunal Federal deu a governadores e prefeitos”, disse ele.
O presidente nasceu malfeitor e não vai mudar esse é o seu caráter sua índole, prega o ódio o tempo todo e mentindo, isto é governo bom pra B.O ou seja bom pra otário.