A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) endereçou carta ao ministro da Economia, Paula Guedes, pedindo a reedição de medidas emergenciais de isocorro e crédito às empresas. A carta assinada pelos presidentes da entidade que congregam o setor de bens de capital nacional pede atenção especial às micro, pequenas e médias empresas – as que mais têm sofrido os reflexos da pandemia e as consequências da ausência de medidas de apoio à economia.
“As micro, pequenas e médias empresas que já sofrem com os problemas de liquidez, possuem mais um desafio que é o de manter em dia seus compromissos como o pagamento de salários, fornecedores, bancos e de impostos”, escreveram o presidente do Conselho de Administração da Associação, João Carlos Marchesan, e o presidente-executivo, José Velloso.
Entre as propostas da entidade está a reedição do Pronampe – programa de crédito para micro e pequenas empresas criado no ano passado com condições especiais para o período de emergência. De acordo com a Abimaq, as condições de financiamento atenderam um número pequeno de empresas. O mesmo vale para o BNDES Pequenas Empresas: além do aumento do rol de beneficiárias, a associação propõe a redução dos juros e o aumento do limite de financiamento de R$ 10 milhões para R$ 70 milhões.
Frente à situação das empresas que voltaram a demitir seus funcionários por dificuldades de garantir a folha de pagamento, a carta também propõe a reedição do Programa de Suporte a Empregos (Pese), que consiste na oferta de crédito emergencial para empresas exclusivamente para pagamento da folha de salários de funcionários e quitação de verbas trabalhistas.
Segundo o Ministério da Economia, que vem prometendo a reedição Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) e do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), desde o início do ano, o governo vai destinar até R$ 15 bilhões para os dois programas, assim como o Auxílio Emergencial, os valores serão bem menores do que no ano passado. O BEm, no ano passado, teve orçamento de 51,5 bilhões de reais.
Segundo o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, “nosso foco hoje é o Pronampe”.
“Não estamos conversando com o Congresso sobre outros programas de crédito no momento”, declarou o secretário de Guedes, apesar do Projeto de Lei do Congresso (PLN) que abriu o caminho para a retomada dos programas emergenciais este ano, além do BEm e do Pronampe, citar também o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac) e o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese).