O chefe do Comando Estratégico dos EUA, John Hyten, reconheceu, na terça-feira (20), que o Pentágono é impotente frente às armas hipersônicas da Rússia e China. “Não possuímos nada que seja capaz de impedir o uso de tal tipo de armas contra nós”, respondeu Hyten ao senador republicano Jim Inhofe, citado pela Business Insider, durante uma reunião do Senado estadunidense dedicada às Forças Armadas.
Para Hyden, que também é general das Forças Aéreas, em relação a tais armas, os EUA possuem apenas “forças de contenção”, o que inclui “a tríade” americana, ou seja, aviação estratégica, mísseis balísticos intercontinentais, mísseis balísticos lançados por submarinos, somada a suas “capacidades nucleares”.
“Tanto a Rússia quanto a China estão buscando de forma agressiva avançar suas capacidades hipersônicas”, comentou Hyten durante a audiência. “Nós assistimos eles testarem esses recursos”, afirmou ao se referir tanto aos testes russos com mísseis hipersônicos ultramanobráveis, reconhecidos mundialmente após as declarações do presidente russo, Vladimir Putin, que no início de março, em discurso na Assembleia Federal, anunciou o fim do “mundo unipolar” erigido pelos EUA. Bem como aos testes da China com um drone hipersônico, também chamado veículo aéreo não tripulado hipersônico (HGV).
A suposta ameaça observada no discurso do militar estadunidense reside na ineficácia de toda a defesa antimíssil dos EUA, até então destinada a viabilizar um “primeiro ataque nuclear” contra a Rússia, ou a qualquer outro nação que não se submeta, sem possibilidade de resposta ou retaliação.
Como destacado por Putin na primeira semana de março, os novos sistemas hipersônicos planam “como um meteoro” a até 20 vezes a velocidade do som.
G.C.