Os servidores públicos municipais de São Paulo voltaram às ruas nesta quinta-feira contra o PL 621/2016 de João Dória, que eleva a contribuição previdenciária do funcionalismo de 11% para até 19%.
No início da tarde, os manifestantes ocuparam o Viaduto Maria Paula, no Centro de São Paulo, e seguiram em direção à Câmara de Vereadores de São Paulo.
O protesto desta quinta-feira foi convocado por entidades como o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), o Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo) e o Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo).
Em greve desde o dia 8 de março e sem sair das ruas, os professores barraram, na terça-feira, a votação do projeto, que foi suspensa pelos vereadores.
Na semana passada, o ato dos servidores foi reprimido com violência. Ao menos seis pessoas ficaram feridas.
Pagamos duas vezes a Previdência, a empresa recolhe 20% do INSS sobre a folha de pagamento, no holerite é descontado mais 12%, então são 32% do salário ao INSS. Quando você compra um produto ou serviço, esses 12% não são contabilizados a seu favor e você perde 5 anos de sua aposentadoria. Fui claro? Se você recolhe através do carne 20%, a sua perda será de 10 anos mais ou menos.
Não, leitor, não foi claro. Os 20% sobre a folha de pagamento não são um desconto sobre ela – ou seja, sobre os salários – mas um desconto de valor equivalente a 20% do total das remunerações. Portanto, não é correto somar os 12% que o empregado paga com os 20% que a empresa recolhe, como se ambos fossem descontos sobre o salário. Além disso, 14,32% das contribuições das empresas para a Previdência não são pagas porque fazem parte das famigeradas desonerações do governo Dilma Rousseff e outras renúncias fiscais (em reais, isso significa, para 2018, menos R$ 60.348.542.265 no caixa da Previdência, somente quanto a esta fonte, sem contar o que é desviado da Cofins, CSLL e Pis/Pasep).