O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devolveu mais R$ 30 bilhões ao Tesouro Nacional “ para dar a finalidade única que precisa ser dada, que é esterilizar esse valor e com isso abater dívida”, disse o presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, em coletiva na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte, na quinta-feira (22).
Essa é mais uma parcela desviada do banco de fomento para pagar juros aos bancos, recursos públicos desviados para o sistema financeiro que poderiam ser usados na indústria – setor que amargou crescimento ZERO no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado.
Em dezembro de 2016, o BNDES devolveu R$ 100 bilhões ao Tesouro Nacional, referente aos aportes que o banco recebeu de 2008 a 2014. “Ao operação é importante componente do programa de ajuste fiscal do Governo Federal e resulta em melhora substancial e imediata no nível de endividamento”, informou em nota o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
No final de 2017, foram mais R$ 50 bilhões e Meirelles exige mais R$ 130 bilhões até o final deste ano. O governo não exita em estrangular ainda mais a produção, mesmo estando ela no findo do poço, para atender à ganância do setor financeiro.
O BNDES que historicamente teve um papel de principal financiador de longo prazo, para as empresas de todos os setores, e com juros mais baixos, vem reduzindo drasticamente seus desembolsos e encerrou 2017 com uma queda de 19% em relação a 2016.
Desembolsos do BNDES em bilhões