Pazuello é o investigado e não o Exército, afirma o presidente da CPI da Covid

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM). Foto: Waldemir Barreto - Agência Senado
“Pazuello não será chamado de general por mim. Quem estará ali é o ex-ministro da Saúde”, disse Omar Aziz

O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que as investigações não vão “confundir a atuação do Pazuello no Ministério da Saúde com as Forças Armadas”.

“Pazuello não será chamado de general por mim. Quem estará ali é o ex-ministro da Saúde”, continuou, ouvido pelo G1.

Mesmo durante todo o tempo em que esteve à frente do Ministério, Eduardo Pazuello continuou como general da ativa do Exército.

“Não vamos colocar o Exército como investigado, porque isso só interessaria a uma pessoa. É o que o Bolsonaro quer”, disse Aziz.

Muitos militares consideram que aqueles que assumem um cargo de governo devem passar para a reserva, justamente para evitar confundir a imagem das Forças Armadas com a atuação individual daquela pessoa.

Como ministro da Saúde de Bolsonaro, Eduardo Pazuello não tomou medidas para incentivar o distanciamento social e atrasou a compra de vacinas. O ex-ministro terá que prestar depoimento à CPI da Pandemia na próxima quarta-feira (5).

Sua gestão também foi marcada pelo colapso do sistema de saúde do Amazonas, durante o qual faltou oxigênio medicinal para os internados e pacientes morreram asfixiados.

Quando viajou para a cidade, Pazuello lançou um aplicativo para médicos que orientava o uso de cloroquina nos infectados pelo coronavírus, mesmo que isso não tenha nenhum respaldo científico.

O atual ministro, Marcelo Queiroga, disse que uma orientação dada pela gestão de Pazuello sobre a aplicação de vacinas fez com que faltasse imunizantes em muitas cidades.

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