A França apresentou, em coordenação com o Egito e a Jordânia, uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU na noite de terça-feira (18), pedindo o cessar-fogo imediato para a suspensão do bombardeio israelense à Faixa de Gaza, assim como nos foguetes lançados contra Israel na região. A informação partiu do gabinete do presidente Emmanuel Macron.
Durante um encontro por videoconferência entre Macron, o presidente egípcio Abdel Fatah Al Sisi e o rei Abdullah II da Jordânia, “os três países concordaram em três elementos simples: os disparos devem parar, chegou a hora um cessar-fogo e o Conselho de Segurança da ONU deve tratar do assunto “, disse o Palácio do Eliseu.
Neste último ponto, os três líderes fizeram um chamamento para que o Conselho de Segurança aprove uma resolução neste sentido.
A reunião da terça-feira aconteceu após o encontro que Macron e Al Sisi realizaram na segunda-feira (17), no qual o governante francês apoiou os esforços de mediação egípcia entre palestinos e israelensese assinalou que eles manteriam a discussão com o monarca jordaniano.
O presidente francês também conversou com o dirigente da Tunísia, Kais Saied, cujo país é atualmente membro do Conselho de Segurança e de quem teve o apoio.
No Cairo, o porta-voz da Presidência egípcia, Bassam Radi, disse em comunicado que Al Sisi afirmou a importância deste encontro, que “visa cristalizar as ações conjuntas dos quatro países para deter a violência e conter a perigosa escalada na região”.
EGITO: DETER A VIOLÊNCIA NA FAIXA DE GAZA E AJUDAR PALESTINOS
Al Sisi também exortou a comunidade internacional a intensificar seus contatos para instar a Israel a deter a escalada de violência na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, e desta forma “permitir que a calma seja restaurada e que comecem os esforços internacionais para apoiar e ajudar os palestinos ”.
Enquanto isso, o Rei Abdullah II afirmou que seu país “continuará seus esforços em coordenação com Egito, França e amigos e irmãos, para acabar com os ataques israelenses, restabelecer a calma nos territórios palestinos e promover o processo de paz”.
Tanto o Egito quanto a Jordânia têm servido tradicionalmente como mediadores entre israelenses e palestinos e, nesta ocasião, o Cairo enviou uma delegação a Israel na semana passada para tentar chegar a uma trégua e deter a escalada de violência.
A proposta de resolução encabeçada pela França chegou em um momento em que o Conselho de Segurança da ONU já estava por oito dias bloqueado pelos Estados Unidos em relação à aprovação de uma declaração sobre o conflito, segundo fontes diplomáticas.
CHINA APOIA PROPOSTA DA FRANÇA
Durante uma reunião a portas fechadas, “ouvimos a proposta feita pelo nosso colega francês no Conselho, e na China, claro, apoiamos todos os esforços para facilitar o fim da crise e o restabelecimento da paz no Oriente Médio”, declarou o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, presidente do Conselho durante o mês de maio, segundo a AFP.
O embaixador chinês esclareceu que, além disso, o texto de uma declaração proposta por seu país, Noruega e Tunísia, rejeitada pelos Estados Unidos há mais de uma semana, ainda está na mesa do Conselho de Segurança.