A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), disse que “o depoimento de Pazuello na CPI é delirante. Mesmo com as atrocidades da sua gestão, ele relata que sua pasta teve ação irretocável”.
“Os que aguardavam indignados sua oitiva, acompanham estupefatos a atitude cínica do servil operador da exitosa necropolítica de saúde de Bolsonaro”, afirmou.
O depoimento de Eduardo Pazuello na CPI começou na quarta-feira (19), mas teve que ser interrompido, segundo o presidente do colegiado, senador Omar Aziz, em razão da sessão plenária do Senado Federal. O ex-ministro da Saúde após a interrupção dos trabalhos. A sessão voltará na quinta-feira (20).
Pazuello ficou 10 meses à frente do Ministério da Saúde. Em sua passagem, mais de 260 mil pessoas morreram pela Covid-19. E aquisição de vacinas foi sabotada como queria Bolsonaro.
Eduardo Pazuello, entretanto, atribuiu sua saída do Ministério ao “dever cumprido”.
Marina Silva afirmou que a “gestão Pazuello só não foi pior para brasileiros porque saúde não é prioridade de Bolsonaro; Pazuello só era recebido a cada uma ou duas semanas, e não todo dia, como desejava. Reuniões diárias, com orientações do presidente da República na contramão do que exige a pandemia e seria maior mortandade”.
Para Marina, tem um “presidente aqui no nosso país que pratica crime de lesa-pátria, opondo-se às medidas de contenção do vírus da Covid-19, que caminha para ceifar 500 mil vidas. Estimular as pessoas a fazerem aglomerações, que só aumenta a disseminação do vírus, é uma verdadeira lástima”.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSol-RJ) acredita que “o ex-ministro está mentindo descaradamente, o que é crime, na CPI para tentar blindar Bolsonaro e lavar as mãos diante das quase 440 mil mortes”.