Após nomear a torturadora Gina Haspel para dirigir a CIA, o presidente Trump acaba de trocar seu conselheiro de segurança nacional, ex-Homeland, general McMaster, pelo ex-embaixador de W. Bush na ONU no auge de invasão do Iraque, John Bolton, reforçando um time que já conta com o general ‘Cachorro Doido’ Mattis no Pentágono e o deputado do Tea Party, Mike Pompeo, no Departamento de Estado.
Com um time desses, para a revista Counterpunch, é a volta da ‘teoria do doido’, com que Nixon buscou reverter sua triste situação no Vietnã, e cuja base era passar a ideia de alguém ‘fora de controle, capaz de qualquer desatino’. O que nem é tão difícil assim, como Trump no twitter e Bolton na artilharia.
Apologista da tortura e do desprezo ao direito internacional, Bolton também foi um dos principais articuladores da invasão do Iraque e das mentiras sobre as “armas de destruição em massa”. É adepto do “bombardeio preventivo” do Irã (junto com Israel) e da Coreia do Norte”, e das “mudanças de regime”.
Não esconde sua gana contra a Rússia, e contra a China, da qual diz que “um presidente com disposição a atuar com valentia” poderá “deter e logo reverter” a marcha “aparentemente inexorável” de Pequim. Almeja detonar o princípio da “Uma só China”. Também é dele a frase de que, se o prédio da ONU, de 38 andares, em Nova York, “perdesse 10 andares, não faria diferença”.
Mas é o livro de Mike Wolff, sobre a campanha de Trump, que trás a melhor descrição dele, feita por um ex-diretor da Fox News, já morto. “É um estranho filho da puta, mas pode-se precisar dele”. Agora, se vai durar muito até o “está demitido” do presidente-reality-show, aí é outra história.