Segundo o governador Flávio Dino, essa foi uma medida de precaução adicional já que a responsabilidade nesses casos é do governo federal
O Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), informou que 38 indianos que estão hospedados em um hotel de São Luís, foram submetidos a testes de Covid-19. Segundo o governador, essa foi uma medida de precaução adicional, já que os estrangeiros possuem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para permanecerem no Brasil. As informações são do governo maranhense.
O estado justifica essa retestagem como medida preventiva, já que no último dia 20 de maio foi confirmada a presença da variante indiana da Covid-19 (chamada de B.1.617). “Compete ao Governo Federal, no caso à Anvisa, efetuar o acompanhamento dessas tripulações estrangeiras tanto de aviões quanto de navios. Neste caso, essas pessoas entraram no Brasil por um aeroporto que não foi o nosso, mas com autorização da Anvisa. Eles têm autorização sanitária do Governo Federal”, disse Flávio Dino.
O governador acrescentou que o estado se esforçou para evitar que os infectados se dispersassem e ajudassem a espalhar o vírus. “Ainda assim, como existe uma preocupação adicional, nós enviamos uma equipe ao hotel e fizemos uma testagem de todos os hóspedes e toda a equipe do hotel”, explicou o Governador do Maranhão.
O Governo do Maranhão não informou por qual aeroporto os estrangeiros chegaram ao Brasil e para onde iriam após sair de São Luís, mas reforçou que a autorização sanitária que garante a permanência deles no país inclui o “exame negativo de RT-PCR para Covid-19”.
“Em face deste fato, mesmo respeitando que no caso de portos e aeroportos a fiscalização é federal, o governador do Estado está editando Decreto para reforçar a fiscalização, em complementação ao trabalho do Governo Federal”, afirmou o governador. “Com isso, todos os navios, portos e hotéis passam a ser obrigados a notificar à Vigilância Sanitária Estadual os casos de embarque, desembarque e hospedagem de tripulantes estrangeiros que podem, eventualmente, implicar na proliferação de novas variantes do coronavírus”, complementou.
A falta de vigilância nos aeroportos e portos por parte do governo federal e a demora da Anvisa em tomar as medidas urgentes contra a entrada da variante indiana do coronavírus, fez com que vários viajantes já tenham entrado no país aumentando o risco de disseminação dessa novas variantes. Já se passou uma semana desde a informação sobre o tripulante no navio de Hong Kong e até agora não foi expedida pelo órgão de vigilância nenhuma diretriz para todo o país. A demora em tonada de decisão sobre a pandemia é uma marca do governo Bolsonaro e é responsável pelo Brasil já estar com mais de 450 mil mortes por Covid-19.