“A versão apresentada é uma coisa tão infantil, tão sem cabimento que ficamos sem reação diante de uma coisa dessas “, observou o militar, sobre a desculpa de Pazuello de que o comício de Bolsonaro não foi um ato político
O general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, um dos militares mais respeitados do Exército brasileiro, afirmou nesta sexta-feira (28), em entrevista ao Portal UOL, que nem mesmo o próprio general Eduardo Pazuello acredita na versão apresentada por ele ao comando do Exército para tentar justificar sua presença num comício político organizado por Jair Bolsonaro no último domingo, no Rio de Janeiro.
“Seria uma desconsideração com ele mesmo, com o que ele já fez no passado, se nós acreditássemos nesta versão apresentada. É uma coisa tão infantil, tão sem cabimento que ficamos sem reação diante de uma coisa dessas, dita para o comandante do Exército”, disse o general. Essas coisas, as transgressões, acontecem dentro do Exército e são punidas normalmente, sem alarido. Tem que deixar o comandante cuidar do caso. O que está acontecendo é que está saindo do limite do razoável. É uma absurdo ter que escutar uma coisa desse tipo”, ponderou Santos Cruz.
“O problema não está no general Pazuello, não se trata apenas da transgressão, porque isso aí, se deixar, o Exército resolve. Ele coloca as coisas no lugar, dá o recado para a instituição, não deixa a política afetar a instituição, mas tem que deixar o comandante do Exército resolver”, apontou o militar.
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“O problema”, destacou o general, “não é o comandante do Exército, não é o general Pazuello e nem a transgressão, o problema se chama Presidente da República. Esse é o problema. Deixa o comandante resolver, tomar as medidas, deixa o Exército fora da política”. “Não vou dar opinião do que o comandante do Exército deve ou não fazer. O comandante é uma pessoa honrada com muita experiência e sabe muito bem o que deve ser feito. Tem que deixar eles atuarem. E o Exército tem que fazer o que precisa ser feito, e vai fazer, eu não tenho dúvida disso”, observou.
Santos Cruz disse que “se o presidente quiser tomar decisões depois, isso é um problema dele, e que ele arque com as consequências”. “O que não pode é querer que o Exército arque com as consequências políticas dele. Deixe o Exército fazer o que tem que fazer e depois ele faça o que quiser fazer, mas pague o preço político de suas decisões”, argumentou o general.
Santos Cruz garante que a política não entrou nas FFAA. Mas ele admite que “existe uma tentativa permanente e explícita de arrastar o Exército, não só o Exército, mas as outras forças também”. “No meio do ano passado, quando começou esta investida, houve até uma interpretação absurda de que as FFAA eram um poder moderador, que teria a função de harmonizar os outros poderes da República”, lembrou o militar, afirmando que apesar de ser eleito de forma legítima, depois que assumiu, Bolsonaro “se entregou ao fanatismo”. “Quase a institucionalização do desrespeito às pessoas e às instituições”, salientou.
Segundo Santos Cruz, “o próprio Ministério da Saúde foi desmoralizado. Se dava uma orientação técnica num dia e no outro era desautorizado, por exemplo no caso do uso de máscara. Não é para aglomerar, mas eu vou lá e faço aglomeração no outro dia”. “O Ministério da Defesa, recentemente saiu o ministro e os três comandantes, sem nenhuma explicação”, lembrou.
“Estamos vendo a tentativa de desmoralização do sistema eleitoral, dizendo o tempo todo que o sistema eleitoral é fraudado, etc. Então as FFAA estão sofrendo essa tentativa de arrasto para a política, eu não tenho dúvida disso”, afirmou o general. Isso traz prejuízos para as FFAA. “Não se pode prejudicar as FFAA como estão tentando, porque, se você prejudica as FFAA, você está prejudicando o país”, argumentou o militar, acrescentando que Bolsonaro não está fazendo isso tudo só por despreparo institucional. “Ele pode estar fazendo isso de uma maneira proposital”, ponderou Santos Cruz.
bolsonaro usa sua tática SUJA e RASTEIRA de desmoralizar as instituições para dividí-las, enfraquece-las e depois dar o golpe final.
Boa Tarde o excercito tem a obrigação de interferir, na história do Brasil nunca se soube de uma eleição cheia de falcatrua como essa, todos os brasileiros ou quase todos sabem o que o PT é capaz de fazer, inventar histórias, comprar pessoas, rouba a nação e muitas coisas mais, o excercito tem a obrigação de proteger a nação dessa praga que é o PT.
Quer dizer que, na sua opinião, o Exército existe para dar golpes de Estado – e golpes de Estado para sustentar um fascista e sua família no poder, contra as eleições e a maioria do povo, que escolheram outro candidato. E nós aqui pensando que o Exército existe para defender a Pátria de seus inimigos…