O técnico da seleção brasileira Tite não confirmou nesta quinta-feira (3), que o Brasil disputará a Copa América, marcada para começar no país a partir do dia 13 de junho. A realização do evento em meio à pandemia e diante da ameaça de uma terceira onda de Covid-19 causou indignação de
Segundo dos dados da última quinta-feira (3), o Brasil já registrou mais de 467 mil óbitos em decorrência da doença. Entretanto, o governo Bolsonaro, que ignorou as negociações por vacinas com diversos laboratórios, ofereceu o país para sediar o evento independentemente da situação da pandemia. Ao menos 13 estados estão com superlotação dos leitos Covid e a situação não tende a melhorar num curto período.
Em entrevista coletiva no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, onde a equipe encara o Equador nesta sexta, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, o treinador disse que a posição da comissão técnica e dos atletas será exposta no “momento oportuno”.
Tite disse que tanto ele e o diretor de seleções Juninho Paulista quanto os atletas tiveram conversas com o presidente Rogério Caboclo, mas preferiu não revelar o teor antes das partidas contra Equador e Paraguai. Mais cedo, treinadores de outras seleções se mostraram contrários à realização do torneio, que trocou de sede após desistências de Colômbia e Argentina devido à gravidade da pandemia naqueles países.
“Temos uma opinião muito clara e fomos lealmente, numa sequência cronológica, eu e Juninho, externando ao presidente qual a nossa opinião. Depois, pedimos aos atletas para focarem apenas no jogo contra o Equador. Na sequência, solicitaram uma conversa direta ao presidente. Foi uma conversa muito clara, direta. A partir daí, a posição dos atletas também ficou clara. Temos uma posição, mas não vamos externar isso agora. Temos uma prioridade agora de jogar bem e ganhar o jogo contra o Equador. Entendemos que depois dessa Data Fifa, as situações vão ficar claras.”
A entrevista coletiva começou com duas horas de atraso e não contou com a presença do capitão do time Casemiro. Tite admitiu que a ausência do volante do Real Madrid tem a ver com o posicionamento dos atletas sobre a Copa América.
“Eles têm uma opinião, externaram ao presidente, e vão externá-la ao público em um momento oportuno. Inclusive, isso tem a ver com a ausência do nosso capitão, Casemiro, aqui nessa entrevista”.
O treinador seguiu respondendo aos questionamentos sobre o torneio, mas manteve o foco nas partidas das Eliminatórias, da qual o Brasil lidera com quatro vitórias em quatro jogos. “Não estou abrindo mão das respostas e estou colocando os fatos, com discernimento e sensatez que tenho. A Copa América é muito importante. Mas mais importante, é o nosso jogo amanhã. É jogarmos bem, porque vamos ser cobrados, inclusive com o nosso torcedor. Temos posição clara. Mas deixa a nossa cabeça voltada para o jogo de amanhã. Entendo todos vocês e também entendo que é importante essa posição e não estou me eximindo.”
O treinador disse que a polêmica atrapalha o grupo, mas que o objetivo segue sendo manter os 100% de aproveitamento nas Eliminatórias.
“Tem efeito negativo, sim, em campo, traz prejuízo. Mas temos de superar e jogar bem. Compete a nós todos filtrarmos essa situação, fazer grande jogo e ter o resultado que a gente merecer”.
Indignação
O anúncio do Brasil como sede causou indignação nos jogadores que criticaram também a falta de diálogo da CBF, sobre a mudança.
Reportagem da Folha de S. Paulo aponta que a questão logo se tornou um problema político, com jogadores da seleção entrando em contato com convocados de outros países em busca de uma declaração conjunta. Houve também uma aproximação dos atletas com o FifPro, o sindicato internacional de jogadores de futebol. A entidade havia reclamado da realização da Copa América e recebido uma resposta do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.
O técnico da seleção brasileira Tite não confirmou nesta quinta-feira (3), que o Brasil disputará a Copa América, marcada para começar no país a partir do dia 13 de junho. A realização do evento em meio à pandemia e diante da ameaça de uma terceira onda de Covid-19 causou indignação de
Segundo dos dados da última quinta-feira (3), o Brasil já registrou mais de 467 mil óbitos em decorrência da doença. Entretanto, o governo Bolsonaro, que ignorou as negociações por vacinas com diversos laboratórios, ofereceu o país para sediar o evento independentemente da situação da pandemia. Ao menos 13 estados estão com superlotação dos leitos Covid e a situação não tende a melhorar num curto período.
Em entrevista coletiva no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, onde a equipe encara o Equador nesta sexta, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, o treinador disse que a posição da comissão técnica e dos atletas será exposta no “momento oportuno”.
Tite disse que tanto ele e o diretor de seleções Juninho Paulista quanto os atletas tiveram conversas com o presidente Rogério Caboclo, mas preferiu não revelar o teor antes das partidas contra Equador e Paraguai. Mais cedo, treinadores de outras seleções se mostraram contrários à realização do torneio, que trocou de sede após desistências de Colômbia e Argentina devido à gravidade da pandemia naqueles países.
“Temos uma opinião muito clara e fomos lealmente, numa sequência cronológica, eu e Juninho, externando ao presidente qual a nossa opinião. Depois, pedimos aos atletas para focarem apenas no jogo contra o Equador. Na sequência, solicitaram uma conversa direta ao presidente. Foi uma conversa muito clara, direta. A partir daí, a posição dos atletas também ficou clara. Temos uma posição, mas não vamos externar isso agora. Temos uma prioridade agora de jogar bem e ganhar o jogo contra o Equador. Entendemos que depois dessa Data Fifa, as situações vão ficar claras.”
A entrevista coletiva começou com duas horas de atraso e não contou com a presença do capitão do time Casemiro. Tite admitiu que a ausência do volante do Real Madrid tem a ver com o posicionamento dos atletas sobre a Copa América.
“Eles têm uma opinião, externaram ao presidente, e vão externá-la ao público em um momento oportuno. Inclusive, isso tem a ver com a ausência do nosso capitão, Casemiro, aqui nessa entrevista”.
O treinador seguiu respondendo aos questionamentos sobre o torneio, mas manteve o foco nas partidas das Eliminatórias, da qual o Brasil lidera com quatro vitórias em quatro jogos. “Não estou abrindo mão das respostas e estou colocando os fatos, com discernimento e sensatez que tenho. A Copa América é muito importante. Mas mais importante, é o nosso jogo amanhã. É jogarmos bem, porque vamos ser cobrados, inclusive com o nosso torcedor. Temos posição clara. Mas deixa a nossa cabeça voltada para o jogo de amanhã. Entendo todos vocês e também entendo que é importante essa posição e não estou me eximindo.”
O treinador disse que a polêmica atrapalha o grupo, mas que o objetivo segue sendo manter os 100% de aproveitamento nas Eliminatórias.
“Tem efeito negativo, sim, em campo, traz prejuízo. Mas temos de superar e jogar bem. Compete a nós todos filtrarmos essa situação, fazer grande jogo e ter o resultado que a gente merecer”.
Indignação
O anúncio do Brasil como sede causou indignação nos jogadores que criticaram também a falta de diálogo da CBF, sobre a mudança.
Reportagem da Folha de S. Paulo aponta que a questão logo se tornou um problema político, com jogadores da seleção entrando em contato com convocados de outros países em busca de uma declaração conjunta. Houve também uma aproximação dos atletas com o FifPro, o sindicato internacional de jogadores de futebol. A entidade havia reclamado da realização da Copa América e recebido uma resposta do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.