O deputado Renildo Calheiros (PE), líder do PCdoB na Câmara, disse que “é alarmante” e “inaceitável” que pelo menos 30 universidades federais não terão recursos para fechar o ano de 2021 sem paralisar pesquisas ou fechar prédios por conta dos cortes do governo Bolsonaro.
“Estamos mobilizados junto com os reitores, no Congresso Nacional, para que o orçamento das universidades públicas volte pelo menos ao patamar de 2020. Investir em educação é essencial para termos um país desenvolvido, justo e soberano”, defendeu.
Em 2020, o orçamento, que já tinha sido reduzido nos anos anteriores, era de R$ 5,6 bilhões. Em 2021, o orçamento é de R$ 4,3 bilhões, contando os mais de R$ 700 milhões bloqueados pelo governo.
“30 das 69 universidades federais do Brasil terão de fechar prédios, interromper pesquisas e parar até mesmo com aulas remotas em 2021, caso o governo Bolsonaro mantenha o corte do orçamento”, denunciou Renildo.
O levantamento feito pelo jornal O Globo cita a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Federal do ABC (UFABC) e Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) como parte das trinta que não têm verba suficiente.
A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) disse, em nota, que “o orçamento discricionário há muito já está abaixo do limite mínimo de suas despesas correntes e, diante da atual conjuntura imposta, inviabiliza o cumprimento de demandas, tais como o combate a incêndio e pânico, a acessibilidade, a eficiência energética, a tecnologia da informação e comunicação, as obras paralisadas (em especial a conclusão do prédio do Centro de Ciências Humanas e Sociais), a aquisição de mobiliários e equipamentos, a aquisição de livros e material didático e a aquisição de equipamentos para laboratórios”.