O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Urbana de São Paulo (SIEMACO) estão reivindicando a inclusão da categoria na prioridade da vacinação na capital.
Na última terça-feira, os trabalhadores fizeram uma paralisação com a palavra de ordem “Sem vacina, sem coleta” pedindo que os 17,5 mil funcionários sejam incluídos na vacinação por seu serviço essencial prestado à sociedade.
Em entrevista ao HP, o diretor do sindicato, Moacyr Pereira, afirmou que “empresários e governantes, seguros em suas salas de escritório, não têm sensibilidade. Sacrificam os funcionários e sabem que isso pode custar a vida de muitas pessoas”.
“O trabalho de limpeza urbana tem tanta responsabilidade quanto o da saúde, e que se não for feito pode causar graves consequências para a população. Por isso nossa categoria não pode ser destratada. E se não houver negociação uma nova paralisação não está descartada”, declarou.
A categoria vem negociando a reivindicação com o governo municipal e chegaram a fazer uma manifestação em frente à Prefeitura.
A entidade ressalta que o risco de contaminação na categoria é alto “por conta da forma de trabalho exercida por esses profissionais, seja na varrição das ruas, dentro dos caminhões de coleta, no recolhimento de grande quantidade de lixo infectado e outros postos de trabalho que, consequentemente, os deixam expostos diretamente ao vírus. Levantamento recente aponta que cerca de 2 mil trabalhadores(as) se infectaram e 50 morreram vítimas da Covid-19”.
De acordo com o presidente do SIEMACO, André Santos Filho, “é justo que as categorias que estão entre as que mais se expõem, em nome da saúde de todos os paulistanos, sejam colocadas imediatamente na prioridade da vacinação contra a Covid-19. Esses trabalhadores e trabalhadoras atuam incessantemente, inclusive nos momentos mais críticos desta grave crise de saúde pública, colocando suas vidas e de seus familiares em risco, oferecendo um serviço essencial para o controle da pandemia em toda a sociedade e contribuindo diretamente para a redução dos índices de contágio desta doença”, afirmou.