Protestos, neste sábado (19), começaram perto das 9 horas. Com máscara de proteção contra Covid-19, muitos carregam faixas pedindo vacina, demarcação de terras indígenas, investimentos em educação pública e Fora Bolsonaro!
Manifestantes realizam ato, em Brasília, neste sábado (19), contra Jair Bolsonaro. A concentração começou por volta das 9 horas, em frente à Biblioteca Nacional, na Esplanada dos Ministérios. Em comparecimento, a manifestação de Brasília foi tão ou mais expressiva do que a realizada no dia 29 de maio.
A manifestação é em oposição ao governo Bolsonaro. O ato político defende ainda “vacinação para todos”, e causas como educação pública, auxílio emergencial de R$ 600 e demarcação de terras indígenas. Nas faixas exibidas ao longo da Esplanada dos Ministérios, é possível ler frases como “Bolsonaro – 490 mil vidas perdidas – em luto” ou “Demarcação já”, entre outras.
Na verdade, em números atualizados neste sábado, as mortes por Covid-19 no Brasil, já são 500.495, em dados oficiais.
MANIFESTAÇÃO NACIONAL
Os atos políticos oposicionistas deste sábado são o segundo, em nível nacional. O primeiro foi em 29 de maio. Foi maciço. Este promete ser maior. Há manifestações confirmadas em mais de 400 municípios, o dobro em comparação ao 29M (29 de maio).
Os atos massivos em 29 de maio pelo “Fora, Bolsonaro” mobilizaram a população de mais de 200 cidades. Desta vez, no 19 de junho, o número é ainda maior.
Até a sexta-feira (18), a Central de Mídia das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo já haviam contabilizado 457 manifestações em 438 municípios confirmadas para este sábado (19), no Brasil e no exterior.
Com o país ultrapassando 500 mil mortes pelo novo coronavírus, os manifestantes foram forçados a sair às ruas contra o governo negacionista, que se recusou a comprar vacinas, distribuiu medicamentos inúteis ao tratamento da Covid-19 e restringiu o valor e o alcance do auxílio emergencial, empurrando milhares de brasileiros para a fome.
CAMINHADA PELA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS
Às 10 horas, os manifestantes iniciaram a caminhada pela Esplanada dos Ministérios, rumo ao Congresso Nacional. Todas as seis faixas da via foram ocupadas. A Esplanada foi tomada pelos que lá transitam em manifestação política.
Os organizadores pedem, a todo momento, que as pessoas mantenham o distanciamento e usem máscara de proteção contra a Covid-19. Os bonecos infláveis que representam o presidente ficaram na concentração.
Grupos indígenas que estão em Brasília foram à manifestação para cobrar a demarcação de terras. Muitos carregam cartazes com as reinvindicações dos povos tradicionais.
Carro de som orienta para que as pessoas não levem bandeiras, para evitar acidentes com os cabos, e que deixem as mochilas abertas para a revista policial, feita em corredores. Muitas pessoas também carregam álcool para passar nas mãos, procedimento para proteção contra a Covid-19.
A todo instante, do alto de um carro de som, os organizadores repetem a necessidade de respeitar as regras sanitárias. “Não somos negacionistas, sabemos que estamos em uma pandemia”, dizem.
Entre os participantes, representantes de movimentos sociais, estudantes universitários e representantes de sindicatos e partidos políticos. Na altura da Catedral de Brasília, policiais militares fizeram cordão para revistar os manifestantes.
Viatura do Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília também foi posicionada no local.
No gramado do Congresso Nacional, faixas marcam os espaços para que as pessoas mantenham distância. Artistas fazem performances contra as mortes durante a pandemia.
M. V.