Milhares de manifestantes tomaram as ruas da cidade de Sacramento, Califórnia, nos EUA, no sábado (31), para exigir justiça no caso envolvendo a morte do jovem negro, Stephon Clark (22), assassinado barbaramente pelo polícia com 8 tiros disparados pelas costas.
Dessa vez o protesto foi motivado pela divulgação da autópsia feita a pedido de sua família. O resultado contradiz a versão das autoridades policiais, que afirmam que seus disparos se deram em legítima defesa. Os tiros contra Clark o acertaram seu pescoço, costas, e uma de suas pernas. As manifestações por justiça tiveram início pouco depois de sua morte.
Ao todo, os policiais dispararam 20 tiros. De acordo com o legista responsável pela autópsia, dr. Bennet Omalu, dos oito tiros, sete poderiam matá-lo. “Cada uma dessas balas possuía, de forma independente, capacidade fatal”, afirmou o médico em coletiva de imprensa na sexta-feira.
O jovem Clark era pai de duas crianças, um bebê com um ano de idade e outra criança com três anos. Ele foi morto pelos policiais no quintal da casa de sua avó, no dia 18 de março. Para seu irmão, Stevante Clark, as mortes são fruto da histórica discriminação racial que ainda paira sobre a polícia e em parcelas da sociedade estadunidense: “Não somos imigrantes, somos filhos de escravos”.
Ainda no domingo, durante outra manifestação, uma viatura policial atropelou uma das manifestantes e fugiu do local. A vítima, Wanda Cleveland (61), foi hospitalizada com ferimentos leves. “Ele sequer parou. Me atingiu e fugiu. Se eu tivesse feito isso, eles apresentariam acusações contra mim”, disse a mulher ao jornal The Sacramento Bee.