O valor total acumulado para financiar a compra e a construção de imóveis, no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação, em 2017, foi de R$ 83 bilhões. Se comparado com o ano de 2014, quando o sistema movimentou seu maior volume de recursos, ou seja, R$ 168 bilhões, observa-se uma queda brutal de 51% no total de dinheiro investido no setor.
Há três anos que o volume desses investimentos vem se reduzindo. Os dados são do Banco Central, em valores reais, já descontada a inflação.
Um dos principais fatores apontados é o desemprego, que aumenta e atinge mais de 13 milhões de trabalhadores, assim como aumenta o trabalho precário, de menor e instável remuneração.
Outras dificuldades se apresentam para aqueles que buscam o crédito imobiliário. Limitações do valor financiado e as altas taxas de juros impostas pelo governo já que a Caixa Econômica Federal é responsável por 70% do crédito imobiliário, ou ainda o não crescimento do saldo de depósitos da caderneta de poupança.
Combinados, são esses os principais fatores responsáveis pela grande retração do mercado imobiliário.
A recuperação da economia que o governo insiste em propagandear, não encontra eco quando se observa a recessão que a construção civil atravessa. O setor é chave e de resposta rápida para alavancar os negócios. A falta de perspectiva de retomada da sua atividade frustra qualquer previsão de reanimação econômica.