As organizações do movimento social que estão convocando as manifestações contra Bolsonaro anteciparam o próximo protesto para o dia 3 de julho. A decisão foi tomada em plenária que reuniu diversas entidades no fim da tarde deste sábado (26).
As convocações às ruas se intensificaram após as denúncias apresentadas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) na CPI da Covid, nesta sexta-feira (25), que trouxe à tona indícios de corrupção do governo Bolsonaro nas tratativas de aquisição da vacina Covaxin.
Para o diretor de cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP), Lucca Gidra, “a resposta que precisamos dar neste momento é nas ruas. A população está muito revoltada com toda essa situação. Dia 3 é o dia do Brasil inteiro ir para rua para derrotar Bolsonaro”, completou Lucca, que ressalta a importância de cada vez mais setores de todas as frentes se somarem aos protestos. “Seja de direita, de centro, de esquerda, todos que se indignam devem se somar às ruas no próximo sábado”.
Iago Montalvão, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), afirmou que a decisão foi tomada por consenso entre as entidades. “Diante dos últimos fatos, os movimentos sociais em unidade e consenso aprovaram a convocação de atos no Brasil todo no dia 3 de julho pelo impeachment de Bolsonaro”, disse Iago em suas redes sociais. A convocação para as manifestações marcadas para o dia 24 de julho também foi mantida.
Thaís Jorge, vice-presidente da União Estadual dos Estudantes do Rio Grande do Sul (UEE-RS), lembrou que “Bolsonaro tem negligenciado as ações de combate à pandemia desde os primeiros casos de Covid-19 no país e agora, enquanto os outros países vacinam massivamente, descobrimos que ele não só ignorou 81 e-mails da Pfizer, como também superfaturou a compra da Covaxin”.
Maycon Maciel, diretor de Universidades Públicas da UNE afirmou que “o fato é que o negacionismo genocida do governo Bolsonaro já ceifou a vida de mais de 500 mil brasileiras e brasileiros. Por isso, mais uma vez, vamos às ruas contra o governo Bolsonaro e por vacina”.
“Bolsonaro é genocida e corrupto! Colocou o lucro acima da vida, o que resultou na morte de mais de meio milhão de brasileiros. Mais do que nunca, devemos ocupar as ruas para derrotar o culpado pela crise que estamos vivendo. Dia 3 o recado deve ser claro: Não aos cortes, vacina já, Fora Bolsonaro corrupto”, completou Thaís.
A campanha Fora Bolsonaro pretende sistematizar um calendário de mobilizações para todo o mês que deve ser anunciado já na próxima quinta-feira (1°), em nova plenária nacional virtual para organizar as ações.