A atual crise econômica foi responsável por uma verdadeira devastação em uma das principais atividades produtivas do estado de São Paulo. Segundo dados apresentados pelo Sindicato da Indústria Têxtil (Sinditêxtil-SP) e pelo Sindicato das Indústria de Vestuário (Sindivestuário), em uma reunião de “pedido de socorro” com governo do Estado, na terça-feira (3), São Paulo perdeu cerca de 17% das fábricas têxteis (de matéria prima) e 13,3% das empresas de confecção entre os anos de 2012 e 2016.
No país, o fechamento de unidades fabris têxteis e de confecção foi de 10,9% nos graves anos de governo Dilma e Temer.
Demissões
O fechamento das fábricas foi responsável pela demissão de ao menos 130 mil trabalhadores da indústria nesse período no estado de São Paulo. Apenas na região metropolitana – que é o maior polo confeccionista do país – 30 mil postos de trabalhos foram eliminados de 2012 a 2016.
São Paulo concentrou, até 2016, 27,5% das empresas têxteis e confeccionista brasileiras e, em termos de emprego, concentrava 31,6% dos trabalhadores do setor. Essa liderança também é relativa ao volume de produção e aos valores gerados.
Um dos apelos dos empresários é uma maior atenção do poder público para coibir as importações predatórias de tecidos e vestuário. Segundo os sindicatos, no ano passado comparativamente a 2016 houve um aumento de 16,9% na importação de têxteis e artigos de confecção e de 51,31% de vestuário. Enquanto isso, fábricas são fechadas e a produção da industria nacional só cai. A pesquisa de produção industrial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais recente aponta, por exemplo, uma queda de 7,5% na produção de confecções e vestuário no início de 2018 em relação ao ano passado.