O empresário bolsonarista, Carlos Wizard, está se recusando a responder às perguntas feitas durante o seu depoimento à CPI da Pandemia para não se incriminar. Ele é amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde as primeiras perguntas, feitas pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), sobre sua atuação junto ao governo Bolsonaro durante a pandemia, Wizard se recusou a responder.
“Me reservo o direito de permanecer em silêncio”, respondeu Wizard a toda as perguntas. “Senhor relator, permaneço em silencio”, disse, em uma variação da sua resposta.
O relator Renan Calheiros mostrou vídeos em que Carlos Wizard diz expressamente que recebeu ordens para acompanhar os contratos do Ministério da Saúde, entre outras tarefas.
Em muitos documentos da CPI, entre vídeos e relatos, Wizard aparece como membro do “gabinete paralelo”, que tomava as decisões em relação à pandemia do coronavírus no lugar do Ministério da Saúde a mando de Bolsonaro.
Esse “gabinete” participava com Jair Bolsonaro sobre tomar medidas e atitudes que estimularam a contaminação da população, como o não uso de máscara e a aglomeração em todos os lugares em que passava.
O grupo ainda incentivou a propaganda mentirosa da cloroquina, falando que a droga teria efeito no combate à Covid-19. Todos os estudos feitos no mundo mostram que isso é mentira.
Quando foi convocado para depor, Carlos Wizard pediu para depor por videoconferência porque estava nos Estados Unidos, mas os senadores recusaram.
Seu passaporte está retido pela Justiça.