Mais de 70 mil pessoas se manifestaram neste sábado (3), no centro do Rio de Janeiro, contra o presidente Jair Bolsonaro, segundo os organizadores.
A manifestação, convocada por diversas organizações do movimento social, entidades estudantis, partidos políticos, sindicatos e centrais sindicais, pede o impeachment de Jair Bolsonaro, aceleração da vacinação, auxílio emergencial de R$ 600 e apuração das denúncias de corrupção na compra de vacinas levantadas pela CPI da Covid-19 no Congresso Nacional.
O ato, que teve início às 10h no Monumento Zumbi dos Palmares, no centro da capital, e, saindo em passeata, ocupou duas pistas da Avenida Presidente Vargas, terminou por volta das 14h em frente à igreja da Candelária, fechando também a Avenida Rio Branco.
Portando faixas como “Fora Bolsonaro”, “Vida, pão, vacina e educação”, os manifestantes acusam Bolsonaro de ser o principal responsável pelas mais de 500 mil mortes de brasileiros na pandemia e, agora, mais repudiado ainda pelas denúncias de corrupção na compra de vacinas.
Os manifestantes também denunciam a alta no preço dos alimentos, do gás de cozinha, da energia elétrica, e defendem a ciência, o SUS e o fim das privatizações.
“O Rio de Janeiro é o berço do Bolsonaro, mas o Rio de Janeiro é muito maior do que a milícia, muito maior do que o Bolsonaro representa. Se Bolsonaro saiu do Rio para ser presidente, do Rio também vai sair a sua derrota”, afirmou o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ). O deputado, que usava uma camisa verde-amarela, disse que “o verde-amarelo pertence ao povo brasileiro, não pertence a nenhuma ditadura.”
“Três pistas da maior e mais importante avenida do Rio ganharam muitas caras e cores mas um único som! FORA BOLSONARO!”, disse a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Para o pastor evangélico Henrique Vieira, presente na manifestação, “a jangada está mudando, nós seremos a semente da derrota de Bolsonaro”.
“Bolsonaro representa a violência, Jesus, a paz. Bolsonaro representa preconceito e intolerância, Jesus representa o povo pobre e a diversidade. Bolsonaro elogia torturador, Jesus foi torturado. Se é verdade que em 2018 parte do povo evangélico ajudou a eleger esse miliciano, a jangada está mudando, nós seremos a semente da derrota de Bolsonaro”, afirmou o pastor.
“O Brasil precisa sair desse pesadelo. O escândalo da Covaxin não é loucura, é corrupção”, disse a aposentada Alzira Vale, presente na manifestação.
A atriz Alinne Morais também participou do protesto, além da cantora Teresa Cristina, que durante o ato, cantou o samba da Mangueira que cita a Marielle Franco. Também participaram do ato os atores e atrizes Paulo Betti, Bianca Bin, Letícia Sabatella, Sergio Guizé e Rafael Infante, entre outros.