
Número dos que aprovam presidente caiu de 44% para 34%. Bolsonaro não vence candidatos do PT e do PDT em segundo turno
A reprovação ao desempenho pessoal de Jair Bolsonaro aumentou 12 pontos percentuais entre fevereiro e julho deste ano, saindo de 51% naquele mês e atingindo o índice recorde de 63% no estudo atual, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta segunda-feira (5). O levantamento mostrou também que apenas 34% – em fevereiro eram 44% – aprovam o desempenho do presidente, uma queda de 10 pontos.

A avaliação negativa do governo também cresceu entre as duas pesquisas. O número dos que acham ao governo Bolsonaro ruim o péssimo, foi de 35,5% em fevereiro para 48,2%. Já os que acham o governo Bolsonaro bom ou ótimo caiu de 32,9% em fevereiro para 27,7% na atual pesquisa. Os que acham o governo regular variaram de 30% em fevereiro para 23% na última pesquisa. 1,4% não souberam responder nos dois levantamentos.

A pesquisa, que ouviu 2.002 pessoas entre os dias 1º e 3 de julho, mostrou também que tanto o presidenciável Ciro Gomes (PDT) quanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotam Jair Bolsonaro em simulações de um possível segundo turno das eleições presidenciais do ano que vem. Lula teria 52,6% contra 33,1% de Bolsonaro e Ciro Gomes venceria o capitão cloroquina com 43,2% a 33,7%.
Apenas 22,8% dizem que votariam com certeza em Bolsonaro. 61,8% dos entrevistados dizem que não votariam nele de jeito nenhum. A pesquisa avaliou que 44,5% não votariam de jeito nenhum em Lula, 56,7% não votariam em Moro, 57,9% não votariam em Doria, 51,5% não votariam em Mandetta e 52,4% em Ciro.
O estudo avaliou também o desempenho do governo na condução da pandemia. A sabotagem às vacinas já vinha desgastando o governo Bolsonaro, agora as denúncias de corrupção intensificaram a desaprovação do governo neste quesito. Em fevereiro 42% dos entrevistados disseram que desaprovam a conduta de Bolsonaro, agora esse número subiu para 57,2%. Em fevereiro, 54,3% aprovavam o que Bolsonaro fazia na pandemia, agora esse número caiu pra 39%. 3,8% não sabem ou não responderam. Eram 3,7% em fevereiro.
Perguntados sobre quem é o responsável pelo atraso da vacinação, 49% disseram que é Jair Bolsonaro. Outros 24,3% disseram que é Bolsonaro, os governadores e os prefeitos. Só 5,6% culparam apenas os governadores pelo atraso na vacinação.
Já 92% dos entrevistados reclamaram dos aumentos generalizados de preços dos gêneros de primeira necessidade. 56,5% disseram que perderam renda durante a pandemia. 74% consideram fundamental a ajuda emergencial na pandemia. Só 3,5% disseram que não é importante. 88,2% acham que a aceleração da vacinação melhora a economia. Veja aqui a pesquisa na íntegra