
Webinário sobre os 100 anos do Partido Comunista da China (PCCh) – data que transcorreu em 1º de julho – e o diálogo Brasil-China, promovido pelo Consulado da China em Recife, reuniu representantes de partidos brasileiros amigos, como o PCdoB, através de sua presidente nacional Luciana Santos, também vice-governadora de Pernambuco, e do presidente da Fundação Mauricio Grabois e ex-presidente do partido, Renato Rabelo, e o PDT, na figura de Pedro Josephi, presidente em Pernambuco da Fundação Leonel Brizola.
Pela área acadêmica, Evandro Carvalho, diretor do Centro de Estudos Brasil-China da Fundação Getúlio Vargas; Peng Xiantang, vice-diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Sócio Econômicas do Instituto Confúcio da UPE; Christine Dabat, professora do Departamento de História da UFPE; a cientista política e integrante da Comissão de Relações Internacionais do PCdoB, Ana Prestes. O pesquisador Zhou Zhiwei, diretor executivo do Centro de Estudos Brasileiros do Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais, participou desde a China. O debate teve a mediação da cônsul-geral no Recife, Yan Yuqing.
Em pauta o papel do PCCh na transformação da China, de um país agrário paupérrimo e atrasado, na assim chamada fábrica do mundo e maior economia por paridade de poder de compra, em meio ao rejuvenescimento da nação, superação da pobreza extrema e conquista da alta tecnologia. Os debatedores também se estenderam sobre o desenvolvimento das relações entre a China e o Brasil e como aprofundá-las em um contexto de mútuo benefícios.
CÔNSUL YAN YUQING: A GRANDEZA “DAS IDEIAS, DA PRÁTICA E DA INOVAÇÃO”
Ao abrir o diálogo, a cônsul-geral Yan Yuqing , após enfatizar que o PCCh jamais deixou sua aspiração inicial de buscar o bem estar do povo chinês e o rejuvenescimento da nação chinesa e nunca recuou de adaptar o marxismo à realidade chinesa, destacou “três conceitos essenciais” preservados pelo PCCH, ao longo de décadas e diferentes fases do processo revolucionário.
O primeiro, “a grandeza das ideias”, o compromisso inabalável com o povo, a nação, o comunismo, assinalou, que se expressou no período da construção socialista (Mao), no da Reforma e Abertura (Deng Xiaoping) e, agora, com Xi Jinping, na jornada para tornar a China uma nação socialista moderna e para contribuir para uma comunidade de futuro compartilhado da humanidade.

“A grandeza das práticas”, integrando a teoria com a realidade, comprovando-a através da prática. O que exige “estar sempre próximo ao povo, marchar pelo povo, priorizar o povo”.
O terceiro conceito, “a grandeza da inovação”. “Absorver e aproveitar o ensinamento” seja de onde venha, e ao mesmo tempo. O que demanda a qualidade de “renovar-se e manter-se íntegro”.
Yan também ressaltou iniciativas como o Cinturão e Rota, a economia verde, o compartilhamento e outras iniciativas que a China vem colocando à disposição dos demais povos. Ela também saudou os debatedores, e reiterou a disposição de “aprender com o Brasil”.
LUCIANA SANTOS: “SEM PCCh, NÃO TERÍAMOS ESSE ESPETÁCULO DO DESENVOLVIMENTO DA CHINA”
“Não temos dúvida de que se não houvesse a fundação em 1921 e o desenvolvimento do Partido Comunista da China não teríamos hoje este espetáculo de crescimento e desenvolvimento da sociedade e da economia chinesa”, afirmou a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos.
Eram “12 pessoas” na reunião de fundação do PCCh, mas 28 anos de lutas depois, Mao Zedong, ao declarar fundada a República Popular da China em 1949, anunciou ao mundo que “de hoje em diante o povo chinês vai se pôr de pé”.
Em 1978, viria a política de Reformas e Abertura, com Deng Xiaoping e Zhou Enlai, apontando que, na China, o socialismo vivia uma “etapa primária”, na qual, perseverando-se no caminho socialista, na base teórica marxista e na direção partidária comunista, havia que se adotar métodos inovadores de construção econômica, naquilo que foi chamado de “socialismo com peculiaridades chinesas”.
“Em apenas 43 anos, a partir de 1978, a economia chinesa, de atrasada, periférica, começou a ultrapassar a economia de países altamente desenvolvidos, com alta tecnologia, eliminando a pobreza extrema no interior, rumo a um progresso social, político e econômico sem precedentes na história da humanidade.
Luciana sublinhou que a China é “um grande país, assim como o Brasil”. “Nossas duas economias são em grande medida complementares. A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Essa é uma sólida base estrutural do relacionamento entre nossos dois países e povos”.
A presidente do PCdoB também saudou a política ganha-ganha de Pequim e de cooperação mútua que vão dando nova feição às relações internacionais e classificou de “grande passo” a constituição dos BRICS – formado por cinco grandes países emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.”
RENATO RABELO: “ELEVADO ÊXITO SEM COPIAR MODELOS”
O presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo, afirmou que a “China na sua experiência não copiou modelos e teve elevado êxito histórico. O Partido Comunista da China conseguiu elaborar uma orientação autônoma para a construção do socialismo conforme sua realidade nacional”.
“O Partido Comunista da China surge no curso concreto da evolução da sociedade chinesa, na qual as lutas mais significativas tinham como propósito a resposta à questão nacional, pela verdadeira independência do país, diante do crescimento da inconformidade do povo com a dominação colonialista da China por grandes potências imperialistas”.
“Diante dessa realidade, o Partido Comunista da China foi fundado como resultado de um movimento de combinação entre a teoria do marxismo-leninismo e o crescimento das lutas camponesa, operária e patriótica da época”.
Ele também apontou que, assim como o caso do PCdoB, a fundação do PCCh esteve “vinculada ao momentoso triunfo da Revolução de Outubro, na Rússia”.
“A vitória da revolução democrática de 1949 levou a China a pôr fim ao sistema de monarquia absoluta feudal, edificar um sistema democrático-popular, unificar o país e suas diferentes etnias, dar um fim conclusivo à sociedade semifeudal e semicolonial, revogar todos os tratados desiguais. Sem a liderança do Partido Comunista da China e de Mao Tsetung, a revolução não teria triunfado”, sublinhou.
“Os primeiro anos pós-triunfo da revolução, na busca de meios apropriados para edificação da nova sociedade, foi uma transição difícil, tendo que percorrer caminho desconhecido, tornando a construção em zig-zag”. “Surgiu daí a política de Reforma e Abertura, caracterizada como sendo a etapa primária do Socialismo”.
Esta nova orientação – apontou – partiu da decisão histórica do Comitê Central do PCCh, em dezembro de 1978, que instituiu “como tarefa central da atividade do Partido e do Estado a construção econômica”.
Como registrou Rabelo, foi Deng Xiaoping quem afirmou que “se nós desistirmos do socialismo, não aplicarmos a política de Reforma e Abertura, não desenvolvermos a economia, nem melhorarmos a vida do povo, estaremos num beco sem saída”. Na época, a alternativa era o “Consenso de Washington”.
“Na atualidade, a China vive, sob a direção do Partido Comunista da China, um extraordinário desenvolvimento das suas bases produtivas, uma planejada mobilidade social e a rápida redução de regiões pobres. A China retirou 840 milhões de pessoas da linha da pobreza nos últimos 40 anos, sendo assim responsável por 83% dos seres humanos retirados da miséria no mundo nesse período”. Sob o critério da Paridade do Poder de Compra (PPC) já é “a maior economia do mundo”.
Rabelo destacou que em 2017 o presidente Xi Jinping anunciou que a construção do socialismo na China “entra em uma nova era”, rumo a “um país socialista poderoso, próspero, socialmente avançado, civilizado e culto, até meados deste século”.
Rabelo enfatizou como a China e seu sistema social se saíram no teste histórico da atual pandemia.
Citando Xi: “Esta é uma crise, e um teste. Vimos sinais positivos graças ao trabalho duro que temos feito. É claro que a liderança central fez julgamentos sólidos no combate à epidemia e tomou medidas oportunas e eficazes. Nosso sucesso até hoje demonstrou mais uma vez os pontos fortes da liderança do Partido Comunista da China e do socialismo chinês”.
Ainda: “há uma demonstração que, o povo chinês se uniu e se ajudou nesses tempos difíceis, sendo um exemplo perfeito de seu espírito nacional inflexível – forte convicção nacional e coesão social”.
Rabelo concluiu apontando que “o verdadeiro legado da República Popular da China ao mundo pós-pandemia é sua capacidade cada vez maior de se gestar de forma consciente um Estado e uma sociedade, com base no projeto e na planificação” e informou que a Fundação Mauricio Grabois “tem se dedicado ao estudo e a pesquisa deste notável desenvolvimento”.
PEDRO JOSEPHI (PDT): “APRENDER E SE INSPIRAR NA EXPERIÊNCIA DA CHINA”
O presidente em Pernambuco da Fundação Leonel Brizola, Pedro Josephi, saudou as enormes conquistas do processo de transformação chinês, como a reforma agrária, a industrialização, a educação e o impressionante rejuvenescimento nacional. Ele felicitou todo o povo chinês pelo centenário de fundação do PCCh.
Josephi destacou como a China conseguiu dar ao mercado uma planificação, se tornou o país mais atrativo do mercado internacional e vem tendo um crescimento exponencial.
Ele apontou também que a China é o país que mais investe em energia limpa e que Shengzhen se tornou sinônimo de sustentabilidade e respeito pelo meio ambiente.
Ele relembrou que foi no governo de João Goulart – um presidente trabalhista – que as relações diplomáticas com a China foram retomadas, abrindo caminho para o intercâmbio que existe hoje em dia Brasil-China.
Josephi afirmou que o Brasil precisa se inspirar no processo de transformação chinês. “Temos procurado estudar, aprender e nos espelhar” na China.
O dirigente trabalhista também saudou a capacidade da China de ser solidária com os demais povos, seu elevado espírito de cooperação sem exploração.
EVANDRO CARVALHO: “CONQUISTAS SOCIOECONÔMICAS DA CHINA INDISSOCIÁVEIS DA LIDERANÇA DO PCCh”
“As conquistas socioeconômicas da China são indissociáveis da liderança do Partido Comunista da China (PCCh). Falar da economia da China como a segunda maior do mundo (em vias de se tornar a primeira), do seu êxito na erradicação da extrema pobreza, de seus avanços tecnológicos, de como a modernização de sua infraestrutura integrou o país e organizou de modo mais eficiente a mobilidade nas grandes cidades, de seu avanço no desenvolvimento de uma sociedade ecológica etc., é falar também, ainda que indiretamente, do seu modelo de governança sob a liderança do PCCh”, afirmou o professor Evandro Carvalho.
Ele classificou o conhecimento no Ocidente sobre o PCCh e sobre a governança da China como “superficial e estigmatizado” e refém de uma visão de mundo “que atribui uma conotação negativa a tudo o que não se enquadra no modo ocidental de organização econômica e política da sociedade”.
Quando se fala da China contemporânea – sublinhou -, ela “só pode ser compreendida plenamente se se compreender a história do PCCh na luta pela independência do povo e, em seguida, pelo desenvolvimento socioeconômico do país”.
Ele acrescentou que nas suas primeiras três décadas de existência, o Partido e seus membros foram “como uma agulha e sua linha que, pouco a pouco, costuraram o tecido social da nação esgarçado por décadas de divisões até uni-la com a fundação da RPC”.
A partir de 1978, a política de reforma e abertura, sob a liderança de Deng Xiaoping, abre caminho para que o país se torne a fábrica do mundo. “A bem-sucedida política faz o PIB da China crescer de US$ 149,5 bilhões em 1978 para mais de US$ 14 trilhões atuais. Este resultado deve-se à liderança do PCCh e ao modelo de governança da China”.
Ele destacou também a imensa população de classe média “que já soma 400 milhões de pessoas e deverá dobrar até 2035”, que considerou um “mercado consumidor” com “impacto profundo no mercado global” e, portanto, no aumento das importações chinesas e das oportunidades de negócios.
“É preciso estar atento ao que estabelece o 14º Plano Qüinqüenal. Há uma clara orientação para o investimento em tecnologia e inovação que abre possibilidades de parcerias múltiplas com empresas de outros países”. A inovação está sendo considerada pelo governo chinês como “o principal motor de desenvolvimento”, registrou.
O professor Evandro acrescentou que, do ponto de vista da governança, há uma preocupação com “a sustentabilidade traduzida no crescimento com qualidade”. Ele destacou ainda que o presidente Xi tem incluído o “estado de direito” como uma das quatro estratégias abrangentes para o desenvolvimento do país. Neste ano de 2021 entrou em vigor o primeiro Código Civil. Para o acadêmico, o governo de Xi também é responsável pela política externa “mais
ativa e inédita” da história da China. “A Iniciativa do Cinturão e Rota (a nova rota da
seda) é o primeiro grande projeto de integração econômica deste século XXI”, ressaltou.
Segundo Evandro, trata-se também da “expressão concreta do conceito formulado por Xi Jinping de ‘Comunidade de Destino Comum para a Humanidade’”, que chamou de “versão chinesa da globalização”, fundamentada “no respeito à diversidade dos povos, das culturas e dos sistemas sociais, políticos e econômicos de cada nação”.
“Parto do pressuposto de que nenhum grande problema do mundo será solucionado sem a China, seja ele ambiental, climático, financeiro etc. Se estamos de acordo com este pressuposto, então é preciso haver um entendimento e um diálogo fundamental com a China. Isto significa dizer, um diálogo com o Partido Comunista da China”, concluiu.
ZHOU ZHIWEI: “AMIZADE BRASIL-CHINA PROFUNDAMENTE ENRAIZADA”
O pesquisador Zhou Zhiwei destacou que Brasil e China “compartilham os mesmos valores sobre o mundo” e que “nossa amizade está profundamente enraizada”. Ele registrou que o PCCh é “o maior partido político do mundo, com 90 milhões da filiados”.
Sob a liderança do partido, a China deixou de ser um país castigado pelo capitalismo, pelo colonialismo, foi construída a Nova China, “a China se pôs de pé”.
Então, foi preciso colocar no centro o crescimento econômico – “como otimizar a produção para dar um salto na distribuição”, buscar a “prosperidade”. “Se o povo está desfrutando dessa prosperidade, isso prova que o povo está no centro”. O que foi aplicado “ajustado à realidade, aos hábitos chineses”.
Agora, o esforço é para tornar-se “um país socialista moderno”. “Esse é o eixo de todos os projetos, de todos os planos, sempre orientado pelo marxismo-leninismo”.
Zhou salientou a importância dos diálogos bilaterais Brasil-China, acrescentando que na parceria com a América Latina, “o Brasil é o mais completo”. Uma expressão disso, o Brasil é o único país na América Latina que tem voo direto para a China.
Ele lamentou também que, em razão da pandemia, o diálogo acadêmico Brasil-China tenha sido interrompido e instou a aumentar o diálogo com a região Nordeste. (16)
ANA PRESTES LEMBRA ORIGENS PRÓXIMAS DO PCCh E DO PCdoB
Para Ana Prestes, os 100 anos do PCCh estão intrinsecamente ligados à sua capacidade de liderar a China até o atual desenvolvimento, “que espanta e deslumbra o mundo inteiro”.
A cientista política observou os muitos pontos de contato, nesse processo, entre o Brasil e a China, com os dois partidos nascidos com um ano de diferença, dialogando com a vitória da Revolução Russa.
Exemplo disso, a marcha da Coluna Prestes, este, seu avô – que fez os sinos soarem para a decrépita República Velha, no Brasil – e a Grande Marcha (que semeou a vitória de 1949).
Mais tarde, no exame pelos líderes chineses, do crescimento recorde do Brasil [pós Revolução de 30] no período 1930-1978.
Das discussões do PCCh dessa época, ela lembrou Deng Xiaoping, no processo da busca pelos novos caminhos para a revolução chinesa: “deve-se buscar a verdade dos fatos, fora disso não existe nada de marxismo”.
Ana Prestes também homenageou Haroldo Lima, um dos mais dedicados precursores do diálogo Brasil-China, que ele conhecia desde os anos 1950. Relembrou a “Carta da Comemoração” dos 90 anos do PCCh, em que Haroldo dizia que “os capitalistas analisam a China perplexos. A emergência da China está ligada ao socialismo moderno”.
PENG XIANTANG (INSTITUTO CONFÚCIO): “APRENDER UNS COM OS OUTROS”
O pesquisador apontou a importância de ampliar o intercâmbio cultural, uma vez que já há um forte intercâmbio comercial e econômico Brasil-China, e chamou a intensificar o diálogo, apesar do oceano que separa os dois países e da barreira da língua.
Ele destacou que o Instituto Confúcio tem como missão divulgar a cultura e o idioma chinês, é “uma janela para a China”.
Peng disse que China e Brasil são dois países em desenvolvimento e salientou a importância de espaços como o Centro de Estudos da FGV voltado para as questões da China, acrescentando que esse diálogo deve ser cada vez mais incentivado.
O diretor do Instituto Confúcio de Pernambuco citou as recentes declarações do presidente Xi sobre a importância do intercâmbio cultural entre os povos, de “aprender uns com os outros”, para avançar a causa da paz e para alcançar uma civilização mais iluminada.
CHRISTINE DABAR: “UMA EMPREITADA QUASE IMPROVÁVEL”
Em uma enriquecedora explanação, a professora de História Christine Dabar disse que há 20 anos debate com seus alunos a importância de se ter uma “sinologia brasileira”, um estudo da China com moto próprio, brasileira.
Ela descreveu o rico processo revolucionário chinês como “uma empreitada quase improvável, um projeto extremamente original, apoiando-se no campesinato”. Sempre pautado nas “características chinesas”.
Ela relembrou que o período 1839-1949 foi o “século da humilhação”, com o império britânico “usando o narcotráfico e a guerra para derrubar a China, o que causou uma desorganização do Estado, ruína, miséria extrema”.
O levante de 4 de maio de 1919 é abraçado pela juventude, e a roda da história se põe em movimento, chega-se à fundação do PCCh, à frente com o Kuomitang, vem o golpe de 1927, a invasão japonesa e o ‘Estupro de Nankin’, o combate ao invasor.
Christine mostrou fotos de lideranças femininas comunistas da época, numa surpresa até para a cônsul-geral Yan.
No Exército de Libertação Popular, explicou, a ordem era, quando não estiver em combate, estar servindo à população, organizando a produção, inserindo-se na edificação econômica. Ela mostrou, ainda, as “8 Regras do Soldado Vermelho”:
“1- Mostre-se educado e cortês com as populações e ajude-as quando for possível; 2- Mostre-se honesto em todas as transações com camponeses. Pague todos os artigos comprados; 3- Restitua todos os objetos emprestados; 4-Pague, ou restitua, tudo que for danificado; 5- Coloque todas as portas de volta quando deixar uma casa e devolva a palha sobre a qual dormiu; 6- Respeite as regras de higiene e, em particular, instale as latrinas à boa distância das habitações; 7- Não tome liberdades com as mulheres; e 8- Não maltrate os presos”.