Em sua primeira viagem ao exterior desde que foi nomeado, o ministro da Defesa chinês, general Wei Fenghe, afirmou na 7ª Conferência sobre Segurança Internacional, em Moscou, “que o lado chinês veio para deixar os americanos saberem sobre os laços estreitos entre as forças armadas russa e chinesa”.
A declaração foi feita durante encontro com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, que assinalou que a escolha dessa primeira viagem não fora uma coincidência, mas sublinhava o “caráter especial” da parceria bilateral.
Já o jornal “Global Times”, ligado ao PC chinês, e que é visto como um porta-voz oficioso das posições mais contundentes de Pequim, condenou em editorial a violação pelos países ocidentais das normas internacionais e do devido processo legal no chamado caso Skripal, assim como a “frivolidade e imprudência” que manifestaram contra a Rússia.
O jornal lembrou ainda que os países ocidentais não são mais o que costumavam ser. Também apontou que a histeria contra a Rússia e a guerra comercial contra a China só vão reforçar os laços sino-russos.
Ainda sobre o caso Skripal, o jornal destacou que “o público em geral não conhece a verdade, e o governo britânico ainda não forneceu um fragmento de evidência que justificasse suas alegações contra a Rússia”.
Em mais uma expressão do aprofundamento de laços, a China propôs à Rússia que os sistemas de posicionamento por satélite russo (Glonass) e chinês (BeiDou) sejam unificados na área da Organização do Tratado de Xangai. Conforme o Izvestia, a questão será negociada no próximo mês em Harbin, na China, durante a Conferência Internacional sobre Tecnologias Avançadas.