A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira (29) que a bandeira tarifária de outubro vai passar para vermelha patamar 2, isso significa que, além da tarifa mais cara, será cobrada uma taxa extra de R$ 3,50 nas contas de luz para cada 100 kWh consumidos.
No mês de setembro, vigorou a bandeira amarela, quando a taxa extra cobrada foi de R$ 2 para cada 100 kWh de energia consumidos.
Mais uma vez, a culpa é de São Pedro e não do caos que se instalou no sistema com a Medida Provisória 579 de 2012 que lesou a Eletrobrás e suas distribuidoras de energia.
As chuvas de setembro ficaram abaixo da média, logo, a tarifa extorsiva fica por conta da necessidade de se operar mais usinas térmicas com custo de produção mais alto do que o das hidrelétricas.
Como analisa o Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), “não há surpresas”. “O sistema de reserva energética definha desde 2012”, diz. “Hoje, temos de reserva o equivalente a 1,5 meses de consumo. Claro que daqui a 45 dias não vamos ficar no escuro, pois não somos atendidos apenas pela reserva das usinas. Há térmicas e eólicas, mas a gestão dos reservatórios nos deixou a mercê de altos custos. Podemos afirmar sem medo que, só não estamos em racionamento porque a crise econômica jogou o consumo no mesmo nível de 3 anos passados”.
Para Ilumina, “o problema é pagar o preço que pagamos e ainda correr risco significativo. E olhem que usinas da Eletrobras estão praticamente doando energia!!!!”
O repasse para os consumidores dos gastos com as térmicas foi adotado em 2015, no governo Dilma.