Os metroviários de Brasília, em assembleia no último domingo (8), decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda (16) por reajuste salarial. Uma nova assembleia da categoria vai acontecer no domingo (15) anterior à greve.
A categoria não recebeu nenhuma proposta de reajuste salarial, apesar da data base do Acordo Coletivo estar vencido há mais de uma semana, e pretende agora pressionar para que o reajuste aconteça.
De acordo Israel Pereira, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores Metroviários de Brasília (SINDMETRO-DF), os salários estão congelados desde 2015: “Não temos nenhuma proposta financeira da companhia. A data base da categoria está vencida [desde 1º de abril] pelo acordo de negociação, infelizmente não temos proposta”.
Em 2015, a Companhia de Metrô não fez o reajuste que havia sido estabelecido em Acordo Coletivo. No ano passado, ainda sem reajuste, a categoria realizou uma greve que durou 40 dias. A Justiça considerou o movimento justo e determinou que, no prazo de 90 dias, o Metrô concedesse um reajuste de 8,4% e houvesse a contratação de 600 funcionários, e, dentro de 12 meses, as parcelas retroativas fossem quitadas. O prazo se encerrou no último dia 20 de março e o acordo não foi cumprido.
O Sindicato também denuncia o sucateamento dos serviço com diversas falhas no sistema. Em fevereiro, um dos trens descarrilou entre as estações Águas Claras e Arniqueiras, devido a um problema no freios. Em dezembro de 2017, um princípio de incêndio no circuito elétrico dos trilhos paralisou o sistema por 25 minutos.