O Sindicato dos Petroleiros do Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá, bem como o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (Sindmental-SJC) e a direção da CSP-Conlutas emitiram notas nesta semana alertando que “sejam presos todos os corruptos e corruptores”, após a negação do Habeas Corpus pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito do ex-presidente Lula.
Segundo o presidente eleito do Sindmetal-SJC, Weller Gonçalves, “defendemos, por princípio, a prisão e o confisco dos bens de todos os corruptos, independentemente do partido a que estejam filiados. Se estamos percebendo que os processos envolvendo o atual governo e os tucanos não estão caminhando, é preciso que os trabalhadores tomem as ruas para exigir a condenação de todos os corruptos”, afirmou.
A CSP-Conlutas pontua que “não temos confiança na imparcialidade da Justiça burguesa. São milhares de jovens presos, na sua maioria, pobres e negros da periferia, que sequer têm direito a julgamento. A CSP-Conlutas não participará de atos contra a prisão de Lula, reafirmando sua posição de que a justiça deve ser feita para todos. Que sejam presos todos os corruptos e corruptores, que seus bens sejam expropriados e o dinheiro devolvido aos cofres públicos”.
Segundo Weller, “não há como nos colocarmos na defesa de Lula, nesse momento”… “No poder, ele fez a sua opção de governar para os ricos e ofereceu apenas migalhas aos mais pobres. Infelizmente, Lula está pagando o preço de suas próprias escolhas”, concluiu.
O Sindipetro PA/AM/MA/AP também divulgou nota afirmando que a categoria “foi profundamente impactada em todo o processo de revelação dos crimes cometidos contra a Petrobras durante os governos Lula e Dilma, em esquemas iniciados nos governos anteriores (militares, Sarney, Collor, Itamar e FHC), ressalte-se, mantidos e ampliados pelos anos do PT no comando da empresa. Na esteira da tentativa de desmoralização da empresa que tais práticas fomentaram, perdemos ou tivemos rebaixados nossos direitos, centenas de milhares de terceirizados foram demitidos, obras foram paralisadas/canceladas e ativos da empresa foram vendidos (iniciando pelo Campo de Libra, em 2013). Ataques estes mantidos e aprofundados pelo governo Temer, o qual continuamos combatendo”.
Os petroleiros salientam ainda que a categoria tem lutas da maior importância para a soberania e o desenvolvimento nacionais: contra a qualquer venda de ativos (FAFENs, do Refino e gasodutos), contra o equacionamento na Petros e pela retomada das obras para combate ao desemprego. Se os demais sindicatos de petroleiros e federações toparem travar esta luta, estaremos juntos! Para defender Lula, não contem conosco!”, termina a nota.