“Mentira contada mil vezes não vira verdade”, diz STF, contra fakenews de Bolsonaro

Enquanto povo morre, Bolsonaro aglomera e se diverte ( Foto: Nelson Baade)

“A verdade é que o STF decidiu que União, Estados e Prefeituras tinham que atuar juntos, com medidas para proteger a população”, destaca a Corte, diante da insistência do governo em mentir sobre o assunto

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu enfrentar as mentiras de Bolsonaro com um vídeo, publicado nesta quarta-feira (28), em suas páginas oficiais no Twitter e Facebook. Na peça, de 30 segundos, o STF afirma que o governo federal insiste em espalhar a fakenews de que foi proibido de atuar na pandemia.

A Corte afirma de forma categórica que “uma mentira contada mil vezes não vira verdade”. Os ministros esclarecem que é falsa a afirmação de que o Supremo tenha tirado os poderes do Presidente da República para atuar na pandemia. “A verdade”, prossegue o vídeo, “é que o STF decidiu que União, Estados e Prefeituras tinham que atuar juntos, com medidas para proteger a população”.

Assista ao vídeo

O “capitão cloroquina” e membros do governo seguem afirmando que a decisão do Supremo de abril de 2020 sobre a competência dos Estados para decidir medidas de contenção do vírus teria limitado a atuação do governo federal.

O que Bolsonaro fez foi tentar por várias várias vezes impor o seu negacionismo aos outros entes da Federação. Ele é contra o uso de máscara, contra o distanciamento social e sabotou a aquisição de vacinas. O STF impediu que isso ocorresse e causasse ainda mais mortes.

Enquanto governantes do mundo inteiro tomavam as medidas preconizadas pelas autoridades sanitárias, como uso de máscara, distanciamento, testagem em massa e vacinação, Bolsonaro insistia em expor a população brasileira à alucinada e genocida tese da “imunidade de rebanho”. Ele disse diversas vezes que, quanto mais rápido a população se infectar melhor. Por isso, estimulou as aglomerações. Não por acaso ele foi cumprimentado esta semana por uma deputada nazista (leia).

Enquanto o mundo inteiro já iniciava a imunização de suas populações, o que se viu no país foi Bolsonaro atacar as vacinas e patrocinar o charlatanismo do uso de drogas ineficazes, como cloroquina e ivermectina, para o tratamento da Covid-19.

O resultado disso é que o Brasil tornou-se o segundo país do mundo em número absoluto de mortes, ultrapassando a triste marca de 553 mil mortos. Só perdemos para o que aconteceu nos EUA, país onde Bolsonaro bebeu na fonte, enquanto seu guru, Donald Trump, ainda estava na Casa Branca.

Quando a sociedade pressionou o governo federal a adquirir as vacinas, começaram a aparecer os escândalos de corrupção na compra das vacinas.

Não fosse a CPI e a atuação corajosa de um servidor concursado da Saúde, Luis Ricardo Miranda, diretor de importações do órgão, o país seria roubado em pelo menos US$ 45 milhões. A propina seria depositada ilegalmente num paraíso fiscal. O contrato do governo, curiosamente, foi assinado com uma empresa que já tinha dado um golpe de R$ 20 milhões no próprio Ministério da Saúde, quando era comandado pelo atual líder do governo na Câmara.

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