O diretor comercial e de logística da Rodrimar, Willy Reginaldo Maxwell, disse à Polícia Federal que “não tem ideia do por que o nome do presidente Michel Temer constar do papel” encontrado na empresa, durante busca e apreensão efetuada pela Operação Skala no dia 29 de março. O executivo foi ouvido pela PF na última quinta-feira (5).
Segundo o auto de apreensão, o papel – contendo o nome de várias empresas e pessoas físicas, incluindo “Michel Temer” – foi encontrado na sala de Willy Maxwell no quinto andar.
O blog da jornalista Andréia Sadi, da Globo News, apurou que Maxwell contou à delegada Patricia Klarosk, na PF em Santos, que a sua sala na Rodrimar fica no “quarto andar, e que o papel foi arrecadado de uma mesa do setor de qualidade no quinto andar”. Ele disse não saber quem fez o papel, apenas que o documento foi encontrado na “sala de qualidade” da empresa.
O depoimento do diretor faz parte das investigações do inquérito dos Portos, que apura se Temer beneficiou empresas do setor, como a Rodrimar, com a edição de um decreto em 2017.
No final de março, a Operação Skala prendeu amigos de Temer envolvidos na investigação. Entre os presos, o coronel aposentado da Polícia Militar João Batista Lima Filho, amigo de Temer há anos e suspeito de receber propina que seria destinada ao presidente.
Durante a busca na Rodrimar, a PF encontrou também uma folha de papel com uma relação de empresas, entre elas, a Argeplan – que é de propriedade de Lima.