Encerrado à meia-noite da sexta-feira (6) o prazo para deputados federais, estaduais e distritais mudarem de partido para se candidatar às eleições deste ano, sem risco de perder o mandato, pelo menos 60 deputados trocaram de legenda.
Conforme os dados parciais da Secretaria-Geral da Mesa, os partidos que mais ampliaram as bancadas na Câmara, com sete nomes cada um, foram DEM, para 39, e PSL, para dez. Já a bancada do PMDB foi reduzida em 11 deputados, chegando ao total de 49. É a segunda maior da Casa, atrás apenas do PT, com 59 integrantes.
A janela partidária é um período de 30 dias, previsto em lei, em que os parlamentares podem mudar de partido sem a possibilidade de perder o mandato por infidelidade partidária. Além disso, até seis meses antes das eleições, os candidatos aos cargos em disputa precisam estar filiados ao partido pelo qual vão concorrer.
O deputado federal Uldurico Junior anunciou na sexta a sua filiação no Partido Pátria Livre (PPL). Ele também assume o comando do partido na Bahia, mesmo posto que ocupava em seu antigo partido, o PV.
Em nota, Uldurico disse que busca “novos horizontes em sua vida política” com a mudança partidária. “Tenho muito a agradecer pela acolhida e apoio que recebi durante esse tempo em que estive no Partido Verde. Continuaremos juntos na luta pela aprovação de projetos que sejam benéficos para a sustentabilidade ambiental do nosso país”, afirmou o parlamentar.
Em 2016, mais de 90 deputados mudaram de partido. Legendas como PT, PMDB e PSDB perderam representantes, ao passo que PP, PR e DEM, entre outros, ganharam. O maior perdedor à época foi o Partido da Mulher Brasileira (PMB), que hoje não tem mais representantes na Câmara.